- O Rijksmuseum, em Amsterdã, realiza a Operação Ronda Noturna, um projeto de restauração da pintura de Rembrandt iniciado em 2019.
- A curadora Anne Lenders descobriu que o cachorro na obra é semelhante a um desenho de Adriaen van de Venne, datado de 1619.
- A pesquisa revelou um esboço subjacente do cachorro, reforçando a conexão entre as obras.
- A restauração utiliza tecnologia avançada, como análise de fluorescência de raios-X, para revelar detalhes ocultos da pintura.
- O diretor do Rijksmuseum, Taco Dibbits, destacou que novas descobertas continuam a surgir quase 400 anos após a criação da obra.
O Rijksmuseum, em Amsterdã, está realizando a Operação Ronda Noturna, um projeto de restauração da famosa pintura de Rembrandt, iniciado em 2019. A iniciativa envolve uma equipe de cientistas, curadores e restauradores, com o objetivo de preservar a obra para as futuras gerações.
Recentemente, a curadora Anne Lenders fez uma descoberta intrigante: o cachorro presente na pintura é quase idêntico a um desenho de Adriaen van de Venne, datado de 1619. Lenders notou a semelhança ao visitar uma exposição no Zeeuws Museum, onde encontrou uma imagem do cão em um livro do poeta Jacob Cats. A pesquisa revelou que a cabeça, o colar e a pose do animal são extremamente semelhantes, sugerindo que Rembrandt pode ter se inspirado no trabalho de Van de Venne.
A descoberta foi impulsionada por uma análise detalhada, que incluiu a identificação de um esboço subjacente do cachorro, indicando uma conexão ainda mais forte com o desenho original. A posição da pata dianteira do cão é uma das características que reforçam essa relação, conforme apontou Lenders. A curadora também destacou que não está claro se Rembrandt se baseou diretamente no desenho ou em uma gravura que o reproduzia.
Restauração e Tecnologia
A Operação Ronda Noturna não se limita a descobertas artísticas. O projeto também utiliza tecnologia avançada, como a análise de fluorescência de raios-X, para remover vernizes amarelados e revelar detalhes ocultos da pintura. Taco Dibbits, diretor do Rijksmuseum, enfatizou que novas descobertas continuam a surgir, mesmo quase 400 anos após a criação da obra.
O cachorro, embora um elemento secundário na composição, é uma parte querida da pintura, que retrata a guarda cívica em patrulha noturna. Especialistas ainda debatem sobre a raça do animal, com opiniões divididas entre uma origem francesa ou holandesa. Dibbits afirmou que nunca se chegará a uma conclusão definitiva sobre a raça, mas ressaltou o carinho que o público tem pelo personagem canino.