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Artistas pedem ajuda do público para distrair executivos de combustíveis fósseis

Em Pioneer Works, Nova York, How to Get to Zero questiona o mercado de offsets e sabotagens climáticas com humor e crítica política

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Installation view of Tega Brain and Sam Lavigne: How To Get To Zero at Pioneer Works featuring Tega Brain and Sam Lavigne, Cold Call, 2023 Courtesy of the artists and Pioneer Works. Photo by Dan Bradica Studio
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  • A mostra How to Get to Zero, de Tega Brain e Sam Lavigne, está em exibição no Pioneer Works, em Nova York, com Cold Call (2023) e o conceito Offset (2023-25).
  • A instalação Cold Call permite que visitantes dialoguem com executivos da indústria de combustíveis fósseis, usando um script para manter a conversa o maior tempo possível e estimular reflexão sobre a inação climática.
  • O conceito Offset ironiza o mercado de compensações de carbono, permitindo que pessoas comprem créditos para ações de sabotagem ambiental, como desinflar pneus de SUVs; há um vídeo com voz que imita George H. W. Bush explicando a ironia.
  • Além de Cold Call, a exposição traz Perfect Sleep (2021) e Synthetic Messenger (2021), que combinam meditação guiada e uso de celulares para ampliar o engajamento com notícias sobre mudanças climáticas.
  • Brain e Lavigne passam a ideia de provocar diálogo ativo entre arte e mundo real, apresentando obras com tom lúdico e crítico sobre o clima.

A nova exposição de Tega Brain e Sam Lavigne, intitulada How to Get to Zero, está em exibição no Pioneer Works, em Nova York. Com obras como Cold Call (2023) e o conceito de Offset (2023-25), a mostra combina humor e crítica política, abordando questões climáticas de forma inovadora.

A instalação Cold Call permite que os visitantes interajam com executivos da indústria de combustíveis fósseis, utilizando um script que os incentiva a manter a conversa o maior tempo possível. O objetivo não é arrecadar promessas, mas perturbar a rotina dos executivos, criando um espaço de reflexão sobre a inação climática.

Crítica e Humor

O conceito de Offset leva a ideia de mercado de compensações de carbono a um extremo irônico, permitindo que os visitantes comprem créditos para ações de sabotagem ambiental, como a desinflagem de pneus de SUVs. Um vídeo narrado por uma voz que imita o ex-presidente dos EUA George H.W. Bush explica a ironia por trás das compensações de carbono, destacando a contabilidade enganosa presente nesses esquemas.

Brain e Lavigne buscam, por meio de suas obras, fomentar um diálogo ativo sobre a arte e sua capacidade de impactar o mundo. “Queríamos criar trabalhos que tivessem um papel mais ativo”, afirma Brain, ressaltando a necessidade de uma abordagem mais incisiva nas discussões sobre o clima.

Abordagem Criativa

Além de Cold Call, a exposição apresenta outras obras como Perfect Sleep (2021), que oferece uma experiência de meditação guiada para reduzir a pegada de carbono, e Synthetic Messenger (2021), que utiliza celulares para aumentar o engajamento com notícias sobre mudanças climáticas. Tais obras unem o lúdico ao sério, proporcionando uma nova perspectiva sobre a arte engajada.

Brain e Lavigne, que colaboram há uma década, continuam a explorar a interseção entre arte e tecnologia. Suas criações propõem soluções imaginativas para problemas reais, desafiando a percepção tradicional sobre o papel da arte na sociedade contemporânea. A exposição How to Get to Zero não apenas diverte, mas também provoca uma reflexão crítica sobre o futuro do nosso planeta.

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