- Em vinte e nove de outubro, Elias Marrow pendurou sem permissão uma obra gerada por IA na seção de arte contemporânea do National Museum Cardiff; a peça, chamada Empty Plate, ficou exposta por poucas horas e foi retirada pelos funcionários.
- A obra mostra um jovem em uniforme escolar galês segurando um livro e um prato vazio; ao lado há um texto com o título. É uma impressão digital em papel, emoldurada, que simboliza o País de Gales em 2025 e faz referência à propaganda de caridade vitoriana.
- Marrow descreveu a intervenção como participação, não perturbação, questionando o papel das instituições na curadoria de arte.
- Um porta-voz da Amgueddfa Cymru confirmou que a instalação foi feita sem permissão e que a remoção foi imediata; a equipe foi alertada sobre a presença da obra.
- O incidente amplia o debate sobre IA na arte e a função das instituições culturais, destacando a tensão entre inovação e práticas de curadoria; Marrow defende a evolução natural das ferramentas artísticas.
No dia 29 de outubro, o artista Elias Marrow realizou uma ação inusitada ao pendurar uma obra gerada por inteligência artificial na seção de arte contemporânea do National Museum Cardiff. A peça, intitulada Empty Plate, foi exposta por poucas horas antes de ser removida pelos funcionários do museu. Marrow descreveu sua intervenção como uma forma de participação, não de perturbação, e um questionamento sobre o papel das instituições na curadoria de arte.
A obra apresenta um jovem em uniforme escolar galês segurando um livro e com um prato vazio em seu colo. Ao lado, um texto na parede informava o título da peça. Em seu site, o artista explica que a obra é uma impressão digital em papel, emoldurada sob medida, que simboliza o estado do País de Gales em 2025 e faz referência à propaganda de caridade vitoriana. Marrow afirmou que a peça foi “doada” ao museu, levantando questões sobre o que deve ser exibido em espaços públicos.
Reação do Museu
Um porta-voz do Amgueddfa Cymru (Museus do País de Gales) confirmou que a instalação foi feita sem permissão e que a equipe foi alertada sobre a presença da obra. A remoção foi imediata, reforçando a ideia de que a curadoria deve seguir diretrizes estabelecidas. Marrow, por outro lado, defende que a utilização de ferramentas de inteligência artificial na criação artística é uma evolução natural e questiona os critérios de valorização das obras exibidas nas instituições.
A ação de Marrow se insere em um contexto mais amplo de debates sobre a inteligência artificial na arte e a função das instituições culturais na seleção do que é considerado digno de exibição. O incidente destaca a tensão entre a inovação artística e as práticas tradicionais de curadoria, refletindo a necessidade de diálogo sobre o futuro da arte em um mundo cada vez mais digital.