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Autores expulsos do principal prêmio literário da Nova Zelândia por uso de IA em capas

Obras Obligate Carnivore e Angel Train são desclassificadas do NZ$65 mil prêmio de ficção de 2026 por uso de IA nas capas, segundo a editora.

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Stephanie Johnson’s Obligate Carnivore and Elizabeth Smither’s Angel Train were ruled out of the 2026 Ockham New Zealand Book awards after AI was used in their cover designs.
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  • Duas obras de autores neozelandeses, Obligate Carnivore e Angel Train, foram desqualificadas do prêmio Ockham de ficção, que oferece NZ$65.000, por uso de inteligência artificial na criação das capas.
  • A desqualificação ocorreu após a implementação, em agosto, de novas diretrizes sobre IA que impactaram a elegibilidade das obras.
  • As obras, de Stephanie Johnson e Elizabeth Smither, haviam sido submetidas em outubro; a exclusão foi anunciada em novembro.
  • O editor Quentin Wilson critica a mudança tardia, dizendo que as diretrizes foram alteradas após o design das capas, dificultando ajustes pelos autores e editores.
  • A presidente Nicola Legat defende a decisão, ressaltando a proteção de direitos criativos; o caso reacende o debate sobre uso de IA nas artes e a necessidade de regras claras.

Duas obras de autores neozelandeses, Obligate Carnivore e Angel Train, foram desqualificadas do prêmio Ockham de literatura, que oferece NZ$65.000, devido ao uso de inteligência artificial na criação de suas capas. A decisão foi tomada após a implementação de novas diretrizes em agosto, que impactaram a elegibilidade das obras.

Os livros, de Stephanie Johnson e Elizabeth Smither, foram submetidos ao prêmio em outubro, mas a aplicação das novas regras resultou na exclusão das obras em novembro. O editor Quentin Wilson criticou a mudança tardia, afirmando que as diretrizes foram alteradas após o design das capas, o que dificultou a adaptação dos autores e editores. “Foi muito tarde para que qualquer editor pudesse levar essa cláusula em consideração”, disse Wilson.

Ambas as autoras expressaram sua decepção. Johnson, que não sabia que sua capa, com um gato de dentes humanos, foi criada com IA, lamentou a situação. “É triste que estejamos falando sobre IA em vez de discutir meu livro”, afirmou. Smither também se preocupou com o trabalho dos designers, que dedicaram horas ao projeto da capa inspirada em Marc Chagall.

Diretrizes sobre IA

A presidente do Ockham Book Awards Trust, Nicola Legat, defendeu a decisão, enfatizando a necessidade de proteger os interesses criativos e de direitos autorais dos escritores e ilustradores do país. A situação gerou um debate sobre a utilização de IA nas artes, com muitos defendendo a criação de diretrizes mais claras para evitar futuros conflitos.

Wilson destacou que a indústria deve trabalhar unida para desenvolver regras que considerem o uso de IA em processos criativos, citando que ferramentas como Grammarly e Photoshop também utilizam tecnologia semelhante. A discussão sobre o impacto da IA nas artes continua a ser um tema relevante e controverso no cenário literário atual.

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