Economia

Balança comercial brasileira registra queda no superávit devido a exportações para China

Superávit da balança comercial brasileira cai para R$ 24,4 bilhões em 2024, com redução nas exportações para a China e aumento do déficit com os EUA.

Exportações do Brasil para a China tiveram queda e a principal razão foi o atraso na colheita de soja (Foto: AFP)

Exportações do Brasil para a China tiveram queda e a principal razão foi o atraso na colheita de soja (Foto: AFP)

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O superávit da balança comercial brasileira nos primeiros cinco meses de 2024 foi de R$ 24,4 bilhões, uma queda de R$ 10,8 bilhões em relação ao mesmo período do ano anterior. Essa redução é atribuída principalmente à diminuição do saldo comercial com a China, que passou de US$ 18,6 bilhões para US$ 8,3 bilhões. Além disso, o déficit com os Estados Unidos aumentou de US$ 226 milhões para US$ 1,04 bilhões.

A economista Lia Valls, do FGV Ibre, aponta que o atraso nas exportações de soja impactou negativamente a balança comercial. Apesar da antecipação das importações pelos EUA, isso não resultou em um aumento correspondente nas exportações brasileiras. A valorização do real também não favoreceu o resultado da balança.

Exportações para a Argentina

Por outro lado, as exportações para a Argentina cresceram 55,4% em volume, refletindo uma recuperação econômica no país vizinho. O superávit nas transações com a Argentina alcançou US$ 2,4 bilhões, impulsionado principalmente pelo setor automotivo, que viu um aumento de 169% nas exportações de automóveis.

Os dados indicam que, apesar das dificuldades com os EUA, as exportações de produtos siderúrgicos não apresentaram queda significativa. Valls observa que, em termos de volume, as exportações de semimanufaturados de ferro e aço aumentaram 32% em maio, enquanto o valor cresceu 5,6%.

Cenário Global

O cenário do comércio internacional permanece incerto, exacerbado por tensões geopolíticas, como o conflito entre Irã e Israel. A possibilidade de um acordo entre China e Estados Unidos ainda é nebulosa, especialmente em relação às tarifas sobre produtos siderúrgicos, que foram elevadas em 50% para a maioria dos parceiros comerciais, exceto o Reino Unido. A situação exige atenção dos exportadores brasileiros, que podem estar ajustando suas margens de lucro para se adaptar a esse novo contexto.

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