26 de jun 2025



Governo registra déficit de R$ 40,6 bilhões nas contas públicas em maio
Governo Central apresenta déficit primário de R$ 40,6 bilhões em maio de 2025, melhorando em relação ao ano anterior.

Ministério da Fazenda em Brasília — Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo
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As contas do Governo Central registraram um déficit primário de R$ 40,6 bilhões em maio de 2025, conforme dados divulgados pelo Tesouro Nacional. Embora o resultado permaneça negativo, representa uma melhora em relação ao mesmo mês do ano anterior, quando o rombo foi de R$ 60,4 bilhões. O desempenho ficou abaixo das expectativas do mercado, que previa um déficit de R$ 62,2 bilhões.
Fatores de Melhora
O resultado positivo é atribuído ao aumento da arrecadação e à redução de despesas. A receita líquida cresceu 2,8% em termos reais em comparação a maio de 2024, enquanto as despesas totais caíram 7,6% no mesmo período. O Imposto de Renda, especialmente o retido na fonte, teve um aumento significativo, contribuindo com R$ 6 bilhões a mais.
Além disso, as receitas de importações e as contribuições à Previdência Social aumentaram 8,1%. A queda nas despesas discricionárias, que podem ser ajustadas pelo governo, foi de R$ 9,6 bilhões, com cortes nas áreas de saúde e educação. Em contraste com o ano anterior, não houve despesas emergenciais em maio.
Superávit Acumulado
No acumulado do ano, de janeiro a maio, o governo apresentou um superávit de R$ 32,2 bilhões, melhorando em relação ao déficit de R$ 28,7 bilhões no mesmo período de 2024. Este é o melhor resultado desde 2022, quando o saldo positivo foi de R$ 48,2 bilhões. A redução nos gastos com precatórios, que totalizaram R$ 30,8 bilhões em 2025, foi crucial para essa melhora.
O Tesouro Nacional destacou que a diferença no cronograma de pagamento dos precatórios entre 2024 e 2025 impactou diretamente os resultados. Nos primeiros cinco meses do ano, a receita líquida cresceu 8,6% em termos reais, alcançando R$ 968,6 bilhões, enquanto as despesas totais somaram R$ 936,4 bilhões, com uma queda de 3,3% no mesmo período.
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