09 de jul 2025
CNI critica tarifa de 50% e afirma que não há justificativa econômica para medida
Tarifas de até 50% dos EUA sobre produtos brasileiros podem afetar 10 mil empresas e reduzir PIB em até 0,4%. Diálogo é urgente.

Indústria (Foto: Claraboia Filmes/CNI)
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O governo dos Estados Unidos, sob a liderança de Donald Trump, anunciou a imposição de tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros, gerando forte preocupação no setor produtivo do Brasil. A medida, que entrará em vigor no próximo mês, foi considerada injustificada por diversas entidades brasileiras, que alertam para os impactos econômicos severos.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) expressou surpresa e preocupação com a decisão, afirmando que "não existe qualquer fato econômico que justifique uma medida desse tamanho". O presidente da CNI, Ricardo Alban, destacou que a indústria brasileira está profundamente integrada ao mercado americano, e uma quebra nessa relação pode resultar em prejuízos significativos. A CNI estima que cerca de 10 mil empresas brasileiras que exportam para os EUA serão diretamente afetadas.
Reações do Setor Produtivo
Além da CNI, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) também criticou a nova tarifa, considerando-a prejudicial para as economias de ambos os países. A CNA ressaltou que a relação comercial entre Brasil e EUA sempre se baseou na cooperação e no livre comércio. O setor agrícola, que inclui produtos como soja e algodão, poderá sofrer grandes perdas.
A Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) e o Centro de Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) também manifestaram preocupação. O Ciesp argumentou que a justificativa de Trump sobre a balança de pagamentos é infundada, já que o superávit dos EUA no comércio de bens com o Brasil foi de US$ 91,6 bilhões na última década.
Impactos Econômicos
Economistas projetam que a nova tarifa pode impactar o PIB do Brasil em até 0,4%. A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) alertou que o aumento tornará a carne brasileira inviável para o mercado americano, enquanto a Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) classificou a medida como uma ação política com graves consequências econômicas.
Entidades do setor produtivo continuam a pressionar o governo brasileiro para que busque soluções diplomáticas e negociações que revertam essa decisão, visando proteger a economia nacional e os empregos. A urgência do diálogo entre os governos é vista como essencial para evitar um agravamento da crise nas relações comerciais.




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