Fed mantém juros estáveis e projeta cortes em 2025, enquanto Trump pede redução imediata

O Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos decidiu manter a taxa de juros entre 4,25% e 4,5%, conforme esperado pelo mercado. A decisão foi acompanhada de uma projeção de dois cortes nas taxas até o final de 2025, mesmo diante de um cenário econômico que prevê crescimento reduzido de 1,7% e inflação elevada de 2,8%. O presidente do Fed, Jerome Powell, reconheceu a incerteza causada pelas tarifas impostas pelo governo de Donald Trump, que podem impactar a inflação de forma transitória.

Os mercados reagiram positivamente à manutenção da taxa, com o S&P 500 subindo 1,08%, o Dow Jones aumentando 0,92% e o Nasdaq Composite avançando 1,41%. No entanto, analistas alertam que a expectativa de cortes nas taxas pode não ser suficiente para mitigar os riscos de uma desaceleração econômica. Powell enfatizou que a política monetária pode ser ajustada conforme a evolução da economia, especialmente se o mercado de trabalho enfraquecer ou a inflação cair mais rapidamente do que o esperado.

Enquanto isso, o governo Trump está preparando uma nova onda de tarifas, com o presidente sugerindo que o Fed deveria cortar as taxas para apoiar a economia. Trump afirmou que o Fed "ficaria MUITO melhor cortando as taxas", destacando a pressão que suas políticas tarifárias exercem sobre a inflação. A expectativa é que as tarifas, que já impactam significativamente o custo de vida, possam aumentar ainda mais os preços para os consumidores.

Na China, o Banco do Povo manteve suas taxas de juros inalteradas, com a LPR de um ano em 3,1% e a de cinco anos em 3,6%. Essa decisão ocorre em um contexto de crescimento econômico modesto e pressões inflacionárias, com autoridades chinesas sinalizando que cortes nas taxas podem ser considerados se a recuperação econômica não se consolidar. A situação econômica global continua a ser influenciada pelas tensões comerciais e políticas monetárias divergentes entre os EUA e a China.