Economia

Exportação de carne bovina brasileira cresce nos EUA apesar de tarifas de Trump

Brasil se consolida como segundo maior exportador de carne bovina para os EUA, com crescimento de 207,6% em 2025, enquanto desafios nos EUA aumentam a demanda.

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O Brasil se destaca como um dos principais fornecedores de carne bovina no cenário global, com um crescimento expressivo nas exportações para os Estados Unidos. Em 2025, as vendas brasileiras para o país aumentaram 207,6%, consolidando os EUA como o segundo maior destino das exportações, atrás apenas da China. A expectativa é que o Brasil se torne o maior produtor de carne bovina até 2026, superando os Estados Unidos.

Apesar da sobretaxa de 10% imposta pelo governo de Donald Trump em abril, as exportações brasileiras de carne magra, especialmente para a produção de hambúrgueres, não foram afetadas. Em abril, o Brasil enviou 47,8 mil toneladas de carne para os EUA, um aumento de 13,6% em relação ao mês anterior e quase cinco vezes mais do que no mesmo mês do ano passado. Roberto Perosa, presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), afirmou que o tarifaço não teve impacto direto no setor.

Os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex/MDIC) mostram um aumento global de 15,3% em volume e 27,6% em receita nas exportações de carne bovina em abril, em comparação com o mesmo mês de 2024. Carolina Telles Matos, da Amcham, destacou que, entre janeiro e abril de 2025, as exportações para os EUA totalizaram US$ 595,4 milhões, subindo de 12º para sexto lugar entre os produtos mais exportados pelo Brasil.

Desafios da Produção Americana

A produção de carne bovina nos Estados Unidos enfrenta desafios significativos, como a redução do rebanho e a seca em estados como Kansas. O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) prevê um aumento nas importações de carne magra brasileira, mesmo com a sobretaxa. Perosa ressaltou que, para os importadores americanos, o preço médio da carne brasileira continua atrativo.

Thiago Bernardino, do Cepea/Esalq/USP, observou que os consumidores americanos pagam cerca de US$ 4,94 por quilo da carne bovina, um valor consideravelmente mais alto do que o praticado no Brasil. O USDA já identificou uma queda no consumo de carne per capita nos EUA, tendência que deve continuar até 2027. A alta do custo de vida impacta a popularidade de Trump, que busca um cessar-fogo na guerra tarifária com a China.

O Olhar para o Brasil

Com a retração do rebanho bovino americano, o Brasil se torna uma alternativa cada vez mais viável para o mercado global. A eficiência na produção, impulsionada por tecnologia e material genético, coloca o país em uma posição privilegiada. Além do aumento nas vendas para os EUA, há uma expectativa de diversificação de mercados, acelerada pela guerra comercial.

Maurício Palma Nogueira, da Athenagro Consultoria, prevê 2024 como um ano excepcional para o setor, com recordes em produção e exportação. O Brasil também se mantém como o maior exportador de frango do mundo, detendo 60% do mercado, segundo dados de 2024 da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

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