Ibovespa sobe 2% com alívio nas tensões entre Israel e Irã e novas projeções econômicas

O Ibovespa registrou uma alta de 1,99% nesta segunda-feira, 16, alcançando 139.941 pontos, impulsionado por dados econômicos positivos e expectativas em torno das decisões sobre juros. A valorização das bolsas ocidentais e asiáticas, após a divulgação de resultados favoráveis do varejo e da indústria na China, contribuiu para essa recuperação.

A volatilidade do mercado brasileiro, que enfrentou desafios devido a conflitos no Oriente Médio, foi amenizada por um ambiente internacional mais calmo. O operador Luiz Roberto Monteiro, da Renascença, destacou que a Câmara dos Deputados vota o regime de urgência da MP do IOF, o que pode impactar as mudanças propostas pelo governo. Além disso, o preço do petróleo caiu após o Irã sinalizar disposição para reduzir hostilidades com Israel, o que também influenciou o mercado.

Expectativas de Juros

Os investidores estão atentos às decisões do Comitê de Política Monetária (Copom) e do Federal Reserve (Fed), que se reunirão nesta semana para discutir as taxas de juros. As expectativas são de manutenção das taxas, exceto no Brasil, onde há divisão entre manter a Selic em 14,75% ou aumentar em 0,25 ponto percentual. O boletim Focus revelou uma leve redução nas projeções de inflação, com a expectativa para os próximos 12 meses caindo de 4,77% para 4,72%.

Os índices da Fundação Getulio Vargas (FGV) também mostraram sinais de arrefecimento da inflação, com o IGP-10 registrando uma queda de 0,97% em junho. O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) moderou sua alta para 0,25% na segunda quadrissemana de junho.

Desempenho das Ações

As ações da Petrobras apresentaram leves quedas, com a PN caindo 0,89% e a ON com uma perda de 0,09%. Em contraste, as ações da Vale (VALE3) avançaram cerca de 3,00%, impulsionadas pela obtenção de licença prévia para o projeto de cobre Bacaba. O setor bancário também teve destaque positivo, com a maioria das ações na carteira teórica do Ibovespa apresentando alta.

O início da semana foi marcado por uma recuperação nos mercados, apesar da escalada militar no Oriente Médio. O economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchez, observou que, embora os conflitos entre Israel e Irã tenham se intensificado, as reações até o momento foram dentro do esperado, com potências se oferecendo para mediar a situação.