06 de jul 2025

Companhias rejeitam reforma de governança e mantêm ações em alta
Empresas do "Novo Mercado" rejeitam reforma de governança da B3, priorizando custos e comprometendo a transparência no mercado.

Imagem no final de tarde da sede da B3, a Bolsa de Valores (Foto: Divulgação/B3)
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O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou acima dos 141 mil pontos pela primeira vez, refletindo um otimismo crescente entre investidores. A expectativa de queda na taxa de juros, atualmente em 15% ao ano, contribui para esse cenário positivo, com a renda variável ganhando destaque.
Entretanto, uma votação importante passou despercebida: empresas do "Novo Mercado" rejeitaram uma proposta de reforma de governança da B3, que visava aumentar a transparência e a independência dos conselhos. Quase metade das 190 companhias aptas a votar se opôs às mudanças, alegando que os custos seriam um obstáculo. Essa decisão pode ter consequências negativas para o futuro do mercado.
As normas rejeitadas incluíam a criação de canais de denúncia mais robustos e regras de auditoria mais claras. A Vale, segunda maior empresa do índice, e outras como Dexco e Lojas Renner, apoiaram a proposta. A resistência de muitas empresas reflete uma visão antiquada, onde governança e transparência são vistas como luxos, não como necessidades.
A recusa à reforma é preocupante, especialmente em um momento em que o mercado busca atrair novos investidores. A falta de governança pode resultar em escândalos que afetam diretamente os acionistas. Os investidores pessoa física representam cerca de 12% do volume financeiro do mercado, e sua confiança é crucial para a liquidez diária.
Com um cenário de juros altos e baixa liquidez, a decisão de não avançar em governança pode ser vista como um erro estratégico. Recusar melhorias em transparência não apenas prejudica a imagem das empresas, mas também compromete o futuro do mercado de capitais no Brasil.
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