19 de mai 2025

Brasil fortalece laços comerciais com a China durante visita de Lula
Após a visita de Lula a Pequim, Brasil e China avançam em cooperação financeira com novos acordos para captação de recursos e estabilidade cambial.
Foto:Reprodução
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Após a visita do presidente Lula a Pequim, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, firmou um memorando com o Banco Popular da China. O objetivo é facilitar a captação de recursos no mercado de panda bonds e reativar o swap cambial entre Brasil e China.
Durante a missão, Galípolo se reuniu com o presidente do BC chinês, Pan Gongsheng, para discutir como as empresas latino-americanas podem captar recursos na China. O Brasil vê a China como um potencial investidor em seus títulos públicos, especialmente devido aos juros mais baixos e ao excesso de poupança no país asiático. Um exemplo apresentado foi a comparação entre um ativo de dez anos na China, que oferece 1,5% de juros, e um ativo brasileiro que chega a 15%.
A complementaridade econômica entre Brasil e China é vista como vantajosa para ambos os lados. Enquanto empresas brasileiras buscam captar recursos no mercado chinês, os investidores chineses estão em busca de ativos rentáveis. A força-tarefa liderada por Galípolo, que começou em outubro do ano passado, resultou em avanços significativos nas negociações.
Avanços nas Negociações
Empresas como a Suzano já levantaram 1,2 bilhão de renminbis, equivalentes a R$ 940 milhões, através de panda bonds. A Vale também estuda realizar operações semelhantes. O memorando assinado por Galípolo e Pan visa abrir ainda mais o mercado financeiro chinês para operações com títulos em renminbi, facilitando o acesso para empresas brasileiras.
No evento voltado à América Latina, Galípolo destacou a importância da cooperação financeira entre Brasil e China. Ele mencionou a necessidade de expandir o uso de moedas bilaterais e melhorar a interconexão dos sistemas de pagamento. O presidente do BC chinês, por sua vez, ressaltou que a abertura financeira da China tem se aprofundado, tornando o mercado de panda bonds mais inovador e acessível.
A reativação do swap cambial entre os dois países também foi um ponto importante nas discussões. Galípolo explicou que esse contrato visa garantir a estabilidade financeira e não está relacionado à desdolarização nas trocas comerciais entre Brasil e China.
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