No início do século 20, os Estados Unidos financiavam o governo principalmente com tarifas sobre importações, antes de adotarem o Imposto de Renda. Donald Trump quer voltar a esse modelo, sugerindo a criação de um “Serviço de Receita Externa” que substituiria os impostos de renda por tarifas. Ele afirma que isso permitiria eliminar impostos para quem ganha menos de 200 mil dólares por ano e promete uma grande melhora na economia. No entanto, economistas alertam que essa mudança pode causar problemas no comércio e não arrecadar o suficiente para os cortes de impostos que Trump deseja. Um estudo mostrou que as tarifas do primeiro mandato de Trump foram pagas principalmente por empresas e consumidores americanos, resultando em preços mais altos. Em 2023, as tarifas arrecadaram 100 bilhões de dólares dos 4,9 trilhões coletados pelo governo. As estimativas de arrecadação variam bastante; enquanto um ex-assessor de Trump acredita que as tarifas poderiam gerar mais de 6 trilhões de dólares em dez anos, outras projeções são bem mais baixas, como a do Penn Wharton Budget Model, que estima cerca de 290 bilhões de dólares anuais. A dependência de tarifas é problemática, pois as importações são uma base tributária instável e, além disso, a proposta de Trump não atenderia à necessidade de cortes de impostos, já que o Imposto de Renda deve arrecadar 4,4 trilhões de dólares na próxima década. Essa abordagem poderia também aumentar a dependência dos EUA em relação à produção chinesa, algo que muitos políticos evitam.
No início do século 20, os Estados Unidos dependiam de tarifas sobre importações para financiar o governo, antes da implementação do Imposto de Renda. Donald Trump propõe reviver esse modelo com a criação de um “Serviço de Receita Externa”, que substituiria os impostos de renda por tarifas. Segundo Trump, essa mudança permitiria eliminar impostos para quem ganha menos de US$ 200 mil por ano, prometendo uma “BONANÇA” econômica.
No entanto, economistas alertam que essa estratégia pode gerar distorções no comércio e não arrecadar o suficiente para os cortes de impostos desejados. Um estudo de 2020 indicou que as tarifas impostas durante o primeiro mandato de Trump foram pagas principalmente por empresas e consumidores americanos, resultando em preços mais altos. Em 2023, as tarifas arrecadaram US$ 100 bilhões dos US$ 4,9 trilhões coletados pelo governo federal.
As projeções de arrecadação variam. Peter Navarro, ex-assessor de Trump, acredita que as tarifas poderiam gerar mais de US$ 6 trilhões em uma década. Contudo, essa estimativa ignora a redução da demanda por produtos estrangeiros, que poderia diminuir a arrecadação. O Penn Wharton Budget Model estima uma arrecadação de cerca de US$ 290 bilhões anuais, enquanto outras projeções são ainda mais conservadoras, como a da Tax Foundation, que prevê US$ 140 bilhões.
A dependência de tarifas para financiar o governo é problemática, pois as importações representam uma base tributária estreita e volátil. Além disso, a proposta de Trump não atenderia à necessidade de cortes de impostos, uma vez que o Imposto de Renda pessoal deve arrecadar US$ 4,4 trilhões na próxima década. A ironia é que esse modelo poderia tornar os gastos dos EUA dependentes da produção chinesa, algo que muitos políticos evitam.
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