22 de mai 2025

CEF se destaca no crédito consignado privado com as menores taxas de juros
Setor supermercadista teme aumento da inadimplência com crédito consignado, que já soma R$ 70 milhões em abril. Análise é urgente.
Foto:Reprodução
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O setor supermercadista está em alerta devido ao impacto do crédito consignado privado, que pode aumentar a inadimplência entre os trabalhadores. Um levantamento da Abras (Associação Brasileira de Supermercados) revelou que, em abril, 20 mil funcionários tomaram R$ 70 milhões em empréstimos consignados, com uma taxa média de juros de 6,98%.
A pesquisa, baseada em dados do e-Social, mostra que a Caixa Econômica Federal lidera o mercado com a menor taxa média, de 3,3% ao mês, e foi responsável por R$ 15,4 milhões desse total. Instituições de médio porte, como Facta, PicPay, Pan e Parati CFI, concentraram 76% do volume liberado, enquanto grandes bancos como Bradesco, Itaú e Safra concederam apenas R$ 800 mil.
Preocupações com a Inadimplência
A Abras expressa preocupação com o aumento da inadimplência, que pode levar a uma onda de demissões. Analistas alertam que muitos funcionários, já endividados, recorrem ao consignado, o que pode reduzir seus salários a níveis insustentáveis. Essa situação pode forçar trabalhadores a pedirem demissão para evitar o desconto das parcelas na folha de pagamento.
Os dados indicam que os juros dos empréstimos variam entre 3,0% e 20%, com o Banco Ribeirão Preto praticando taxas de até 22%. O tíquete médio dos empréstimos foi de cerca de R$ 500, o que pode ser insuficiente para cobrir as dívidas acumuladas.
Impacto no Setor de Serviços
A preocupação não se limita aos supermercadistas. Outros setores de serviços, como limpeza e manutenção, também estão atentos ao fenômeno do "turnover", que pode afetar a estabilidade do mercado de trabalho. A situação exige uma análise cuidadosa das práticas de crédito e suas consequências para a força de trabalho.
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