22 de mai 2025

Pequenas empresas registram queda de 4,9% no faturamento em abril devido ao calendário
Pequenas e médias empresas (PMEs) enfrentam queda de 4,9% no faturamento em abril de 2024, com setores distintos mostrando resultados variados.
Foto:Reprodução
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Pequenas e médias empresas (PMEs) enfrentaram uma queda de 4,9% no faturamento em abril de 2024, em comparação ao mesmo mês do ano anterior, conforme o Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs (IODE-PMEs). No acumulado do ano, a retração é de 2,2%, sendo atenuada pelo crescimento de 5,6% no setor de Comércio.
O IODE-PMEs, que monitora empresas com faturamento anual de até R$ 50 milhões, abrange 736 atividades em quatro setores: Comércio, Indústria, Infraestrutura e Serviços. Felipe Beraldi, gerente de Indicadores e Estudos Econômicos da Omie, explica que parte da queda mensal se deve ao “efeito calendário”, já que abril de 2024 teve 22 dias úteis, enquanto o ano anterior contou com apenas 20. Desconsiderando esse efeito, a movimentação média diária das contas a receber das PMEs caiu 0,4% em relação a abril de 2023, mas cresceu 0,5% em comparação a março, indicando uma possível recuperação.
Setores em Destaque
O setor de Comércio apresentou o menor recuo, com variação de -0,5% na comparação anual, após um crescimento de 2,9% em março. O segmento de ‘comércio e reparação de veículos’ foi o principal motor, com um aumento de 14,1% no ano. Em contrapartida, os setores atacadista e varejista recuaram 0,9% e 3,1%, respectivamente, com o varejo enfrentando sua segunda queda consecutiva.
No setor de Serviços, o faturamento caiu 1,6% em abril, interrompendo uma sequência positiva. Apesar disso, segmentos como ‘informação e comunicação’ e ‘atividades administrativas’ ajudaram a mitigar a queda. Já a Indústria acumulou o sexto mês de retração, com uma queda de 8,7% na comparação anual, afetada principalmente por setores como ‘metalurgia’ e ‘fabricação de máquinas’.
Cenário Econômico
A Indústria e a Infraestrutura também enfrentaram retrações significativas, de 6,9% e 8,7%, respectivamente. Beraldi ressalta que o ambiente macroeconômico continua desafiador, com pressões inflacionárias e altas taxas de juros. No entanto, há sinais de mudança nas expectativas do mercado, com a desaceleração do IPCA indicando que o ciclo de alta da Selic pode estar próximo do fim. Essa mudança pode aliviar as pressões sobre o crédito e criar um ambiente mais favorável para as PMEs nos próximos meses.
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