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Suzano expande operações globais para enfrentar desafios da guerra comercial

Suzano avança no mercado global com aquisição de US$ 3,4 bilhões e operações em Xangai, mirando expansão nos EUA e Europa.

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A Suzano, uma das maiores empresas de papel e celulose do Brasil, está ampliando sua presença global, especialmente nos Estados Unidos e na Europa. Recentemente, a companhia anunciou a aquisição de uma participação no negócio de tissue da Kimberly-Clark por US$ 3,4 bilhões, além de transferir operações para Xangai e emitir títulos em yuan. Essas ações visam fortalecer sua posição em um cenário comercial global desafiador.

A China continua sendo o maior mercado da Suzano, mas a empresa busca diversificar suas operações. O CEO, João Alberto Abreu, destacou que a empresa é "relativamente agnóstica em relação a geografias", o que reflete sua estratégia de estreitar laços comerciais em várias regiões. Apesar das tensões comerciais, a Suzano mantém um foco em expandir sua atuação, especialmente após uma tentativa frustrada de adquirir a International Paper.

Os resultados financeiros da Suzano mostram um Ebitda de R$ 23,8 bilhões em 2024, um aumento de mais de 30% em relação ao ano anterior. Embora os preços da celulose tenham caído, analistas projetam um crescimento de 4% para este ano e 16% até 2026. A empresa também está atenta às mudanças no mercado, buscando oportunidades menores após a aquisição da Kimberly-Clark.

Estratégia de Crescimento

A Suzano tem se concentrado em diversificar suas operações nos EUA, onde compradores representam cerca de 20% do volume de celulose. A perda da International Paper levou a empresa a explorar outras aquisições, como uma fábrica no Arkansas e uma unidade na Carolina do Norte. A estratégia de descentralizar, internacionalizar e verticalizar é fundamental para a Suzano, que busca manter sua liderança no mercado.

Além disso, a empresa está investindo em tecnologia para mudar a cadeia de suprimentos, incentivando produtores de papel na América do Norte e Europa a utilizarem sua celulose de fibra curta, que é mais barata. Essa mudança é vista como uma oportunidade significativa, especialmente em um cenário onde a produção de celulose de alto custo no Hemisfério Norte se torna menos competitiva.

A Suzano também está atenta às tensões comerciais, que podem abrir novas oportunidades no mercado. Se os produtores de celulose dos EUA evitarem o mercado chinês devido a tarifas, isso pode beneficiar a Suzano. A empresa planeja focar na racionalização de seus novos ativos nos próximos anos, enquanto continua a explorar o potencial de crescimento em mercados internacionais.

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