Banco Central avança com implementação do Pix Parcelado para consumidores

O Banco Central (BC) lançou o Pix Automático nesta segunda-feira, ampliando as funcionalidades do sistema de pagamentos. A nova ferramenta permitirá pagamentos recorrentes de forma automática, beneficiando cerca de 60 milhões de pessoas que não possuem cartão de crédito. O objetivo é facilitar transações para pagadores e recebedores, como condomínios e academias.

O presidente do BC, Gabriel Galípolo, destacou que o Pix Automático oferece mais segurança em comparação a métodos tradicionais, como o débito automático. Com essa inovação, os usuários poderão evitar riscos, como o roubo de dados de cartões. Além disso, a nova funcionalidade promete reduzir os custos operacionais para empresas, que atualmente precisam negociar com várias instituições financeiras para oferecer serviços de débito automático.

Adoção Gradual

A implementação do Pix Automático deve ocorrer de forma gradual, conforme a adaptação das empresas às novas exigências operacionais e tecnológicas. Rodrigo Caldas de Carvalho Borges, sócio do CBA Advogados, afirmou que setores que já utilizam modelos de cobrança recorrente, como serviços de streaming e concessionárias, devem adotar a novidade mais rapidamente. A gestão de pagamentos será simplificada, permitindo que os usuários autorizem, paguem e cancelem transações diretamente pelo aplicativo.

O BC já planeja outras inovações, como o Pix Parcelado, que deve ser lançado em setembro, e o Mecanismo Especial de Devolução (MED) 2.0, previsto para dezembro. O MED 2.0 permitirá que usuários contestem transações de forma autônoma, sem a necessidade de contato com instituições financeiras. Além disso, entre 2026 e 2027, o BC pretende introduzir o Pix em Garantia, que permitirá que comerciantes utilizem recebíveis futuros como garantia em operações de crédito.

Futuro do Pix

O Pix Internacional ainda está em fase de planejamento, enfrentando desafios de coordenação entre jurisdições. O BC não definiu uma data para o lançamento dessa funcionalidade, que visa facilitar pagamentos transfronteiriços. Com essas inovações, o Banco Central busca modernizar o sistema financeiro brasileiro, tornando-o mais acessível e seguro para todos os usuários.