- A Pinacoteca di Brera, em Milão, apresenta uma exposição que expõe peças de Giorgio Armani ao lado de obras de mestres renascentistas como Caravaggio, Bellini e Raphael.
- A mostra, intitulada “Giorgio Armani: Milano, per amore”, foi o projeto final de Armani antes de sua morte e apresenta mais de 120 itens desenhados por ele.
- A exposição foi revelada durante a Semana de Moda de Milão e contará com um desfile no pátio do museu.
- Armani supervisionou o planejamento da exposição até pouco antes de sua morte, tornando-a seu projeto final.
- A exposição visa permitir que os visitantes apreciem aspectos das peças e pinturas em exibição sob uma nova luz.
Giorgio Armani: Uma Homenagem na Arte Renascentista
A Pinacoteca di Brera, em Milão, inaugura uma exposição que coloca peças de Giorgio Armani lado a lado com obras de mestres renascentistas como Caravaggio, Bellini e Raphael. A mostra, intitulada “Giorgio Armani: Milano, per amore”, foi o projeto final de Armani antes de sua morte.
Mais de 120 itens desenhados por Armani estão expostos entre as obras permanentes do museu. A exposição foi revelada durante a Semana de Moda de Milão e contará com um desfile no pátio do museu, a uma curta distância da casa de Armani em Via Borgonuovo.
Ambas as iniciativas foram originalmente concebidas para celebrar os 50 anos do lançamento da casa de moda Armani no distrito, onde seu criador viveu desde os anos 1980. “Armani era e continua sendo o símbolo de Brera”, disse Angelo Crespi, diretor da Pinacoteca.
Armani supervisionou o planejamento da exposição até pouco antes de sua morte, tornando-a seu projeto final. “Todas as decisões sobre o roteiro foram dele”, disse Crespi. Alguns dos trajes em exibição parecem lembrar detalhes de obras individuais na Pinacoteca.
Uma coleção de trajes escuros com acentos brancos, incluindo um terno de lantejoulas preto e branco e um casaco de veludo adornado com um broches floral, enfatizam o dramatismo chiaroscuro da Última Ceia de Caravaggio (1606).
Perto, manequins em blusas de cor areia e casacos de algodão lembram as mulheres muçulmanas vestidas de véu ajoelhadas na vasta Pregação de São Marcos em Alexandria de Bellini (1504-1507). No entanto, Crespi afirmou que, durante uma visita no ano passado ao museu, Armani disse que estava mais interessado em capturar a “atmosfera e as cores” das salas do museu.
“Ele parou diante da Lamentação sobre o Cristo Morto de Mantegna e disse: ‘Não quero me comparar com esses mestres'”, lembrou Crespi da visita. A exposição visa permitir que os visitantes apreciem aspectos das peças e pinturas em exibição sob uma nova luz.
“A história da arte e a moda se unem, convidando os visitantes a descobrir contrastes cromáticos e materiais impressionantes”, diz um comunicado de imprensa. Armani exibiu em outros museus durante sua vida, incluindo uma mostra em 2001 no Guggenheim de Nova York.
Gian Luca Bauzano, um escritor de moda do Corriere della Sera, diz que o show foi inovador: “Pela primeira vez, um designer de moda estruturou uma grande exposição monográfica em torno de si mesmo”, diz ele. Para Brera, a mostra Armani faz parte de um esforço para ampliar o apelo do museu além dos amantes da arte tradicional.
Desde o lançamento do Grande Brera – o complexo de museus rebatizado que engloba o Palazzo Citterio, um novo espaço de arte moderna, e a Última Ceia de Leonardo da Vinci – o número de visitantes aumentou. Brera e Citterio devem atrair 600.000 visitantes até o final do ano, um aumento de 20% em relação ao ano passado, diz Crespi.
