- Exposição Don’t Look Now, de 10 a 25 de outubro, ocorre no bairro Nolita, em Nova York, reunindo 24 artistas cujas obras foram censuradas ou colocadas na blacklist; organizada pela Art at A Time Like This.
- Destaques de casos: Danielle SeeWalker, cuja residência foi cancelada por G is for Genocide; Yvonne Iten-Scott, cuja obra Origin foi removida por aludir a temas de anatomia feminina; Shepard Fairey, com My Florist is a Dick, que criticou a brutalidade policial e enfrentou tentativas de censura.
- A cofundadora Barbara Pollack enfatiza a importância de discutir o impacto da censura sobre os artistas; a mostra surge em contexto de cortes significativos de pessoal e recursos na National Endowment for the Arts (NEA) e na National Endowment for the Humanities (NEH), além de críticas ao Smithsonian Institution.
- Um levantamento de janeiro de 2025 indica que sessenta e cinco por cento dos diretores de museus relataram pressão para remover obras ou cancelar exposições, e cinquenta e cinco por cento entendem que a censura é um problema mais grave hoje do que há uma década.
- A exposição Don’t Look Now vai além de obras, apresentando as histórias por trás delas e reforçando o diálogo sobre a repressão artística em tempos de crise.
A nova exposição Don’t Look Now, que ocorre de 10 a 25 de outubro no bairro Nolita, em Nova York, reúne 24 artistas cujas obras foram censuradas ou blacklisted. Organizada pela Art at A Time Like This, a mostra aborda a crescente repressão à liberdade de expressão artística nos Estados Unidos, especialmente durante a administração de Donald Trump.
A exposição destaca casos específicos, como o da artista Danielle SeeWalker, cuja residência foi cancelada devido à sua obra *G is for Genocide*, e Yvonne Iten-Scott, cujo trabalho *Origin* foi removido de uma exposição por aludir a temas de anatomia feminina. Shepard Fairey também está presente, com sua obra *My Florist is a Dick*, que criticou a brutalidade policial e enfrentou tentativas de censura.
Censura e Orçamento Cultural
A organização cofundadora, Barbara Pollack, enfatiza a importância de discutir o impacto da censura sobre os artistas. A mostra surge em um contexto onde a National Endowment for the Arts (NEA) e a National Endowment for the Humanities (NEH) sofreram cortes significativos de pessoal e recursos, além de críticas direcionadas ao Smithsonian Institution por suas exposições que abordam questões políticas.
Um levantamento de janeiro de 2025 revela que 65% dos diretores de museus relataram pressão para remover obras ou cancelar exposições, e 55% acreditam que a censura é um problema mais grave atualmente do que há uma década. Este cenário evidencia a urgência de se discutir a liberdade criativa em um ambiente político cada vez mais hostil.
A exposição Don’t Look Now não apenas apresenta obras, mas também as histórias por trás delas, reforçando a necessidade de diálogo sobre a repressão artística em tempos de crise.