- Sylvio Perlstein, falecido aos 94 anos em Antuérpia, foi um notável colecionador de arte vanguardista.
- Nascido em 1931, ele e a família fugiram para o Brasil em 1939 para escapar do nazismo, orientação que o conectou a redes transatlânticas da arte moderna.
- Tornou-se figura central nesses circuitos, cultivando amizades com artistas renomados e persuadindo artistas a abrir seus acervos.
- Ficou conhecido por usar a expressão “É esquisito?” para avaliar obras; para ele, o termo significava estranho ou diferente, diferente de “exquisito”, que remete à beleza, moldando seu gosto por peças incomuns.
- Em sua trajetória itinerante, integrou a cena underground de Nova York nos anos setenta, colecionando trabalhos de Roy Lichtenstein e Jean-Michel Basquiat, contribuindo para a percepção do valor da arte contemporânea.
Sylvio Perlstein, falecido aos 94 anos em Antuérpia, foi um notável colecionador de arte vanguardista. Nascido em 1931, ele e sua família fugiram para o Brasil em 1939 devido à ascensão do nazismo. Sua trajetória o levou a se tornar uma figura central nas redes de arte moderna, cultivando amizades com artistas renomados.
Perlstein se destacou por sua abordagem única ao colecionismo. Ele costumava questionar: “É esquisito?” ao avaliar obras de arte. Para ele, essa palavra em português significava “estranho” ou “diferente”, ao contrário de “exquisito”, que remete à beleza. Essa visão moldou seu gosto e suas escolhas, levando-o a adquirir peças que muitos considerariam inusitadas.
Vida e Carreira
A paixão de Perlstein pela arte começou de maneira inusitada, ao comprar sua primeira obra em uma floricultura em Copacabana. A pintura, que chamou sua atenção, foi adquirida após insistentes pedidos à proprietária. Essa habilidade de persuadir artistas a abrir seus acervos se tornou uma marca registrada de sua coleção.
Perlstein também se imergiu na cena underground de Nova York nos anos 1970, onde colecionou obras de ícones como Roy Lichtenstein e Jean-Michel Basquiat. Sua vida itinerante e suas conexões transatlânticas foram fundamentais para o desenvolvimento de sua coleção, que se tornou uma referência no mundo da arte contemporânea.
Legado
O impacto de Sylvio Perlstein na arte vai além de sua coleção pessoal. Ele ajudou a moldar a percepção sobre o valor da arte contemporânea, desafiando normas e incentivando uma apreciação mais ampla de obras que fogem do convencional. Seu legado perdura, refletindo sua visão única sobre a arte e sua busca incessante por peças que narram histórias de criatividade e ousadia.