- Mary Boone retorna com seu primeiro projeto curatorial após a prisão, intitulado Downtown/Uptown, na galeria Levy Gorvy Dayan, em Nova York.
- A exposição revisita a efervescência dos anos oitenta e aborda censura, liberdade artística e a relação com a próxima geração de artistas; a galeria fica no Upper East Side.
- Boone reforça a responsabilidade de apoiar novos talentos, dizendo que trabalhar com outras pessoas é reconhecer nossas diferenças, e indica a influência de sua mentora Ileana Sonnabend; sua trajetória começou em 1977 na 420 West Broadway e ganhou destaque na 57th Street.
- O projeto conecta passado e presente, incluindo debates sobre representação e liberdade de expressão, e ressalta como a rápida ascensão dos artistas da época mudou a estrutura da arte.
- Aos 73 anos, Boone segue atuando com foco, enfrentando questões práticas como a porta da galeria que não suportou o aumento de visitantes, e incentiva: “Be really great. No alternative” para jovens artistas.
Mary Boone, uma figura emblemática do mundo da arte, retorna com seu primeiro projeto curatorial após a prisão, intitulado Downtown/Uptown, na galeria Lévy Gorvy Dayan, em Nova York. A exposição reflete sobre a efervescência artística dos anos 1980, quando Boone se destacou na cena, e aborda questões contemporâneas como censura e liberdade artística.
A galeria, localizada no Upper East Side, foi o cenário da entrevista em que Boone compartilhou sua visão sobre a responsabilidade de apoiar a próxima geração de artistas. “Trabalhar com outras pessoas é reconhecer nossas diferenças”, afirmou, ressaltando a influência de sua mentora, Ileana Sonnabend. Boone, que começou sua trajetória na 420 West Broadway em 1977, consolidou sua carreira na 57th Street, tornando-se uma das principais referências do mercado de arte.
Reflexão sobre o Passado e o Presente
A nova exposição não apenas revisita a criatividade explosiva da década de 1980, mas também ecoa debates atuais sobre representação e liberdade de expressão. Boone destacou a rapidez com que artistas daquela época ganharam reconhecimento, o que, segundo ela, “mudou a estrutura do mundo da arte.” A artista e curadora também mencionou que, apesar das dificuldades enfrentadas por galerias menores, a excelência continua sendo essencial.
A trajetória de Boone é marcada por colaborações com grandes nomes como Andy Warhol e Robert Mapplethorpe, que ajudaram a moldar a arte contemporânea. “Sinto-me sortuda por ter vivido em uma época que produziu tanto talento,” disse. A exposição Downtown/Uptown captura a energia dos anos Reagan e da epidemia de AIDS, refletindo a intersecção entre o passado e o presente da arte.
Boone, agora aos 73 anos, continua a trabalhar com determinação, enfrentando até mesmo problemas práticos, como a porta da galeria que não suportou o aumento do fluxo de visitantes. “Be really great. No alternative,” aconselhou ela, enfatizando a importância de ser excepcional para os jovens artistas que buscam espaço no competitivo mercado da arte.