- O Kunstmuseum Basel confirmou a autenticidade do último autorretrato de Paul Gauguin, anteriormente contestado como falsificação.
- A controvérsia começou após Fabrice Fourmanoir alegar que a obra, supostamente de 1916, seria uma cópia feita por Nguyen Van Cam, amigo vietnamita do artista.
- A análise técnica revelou retoques no rosto após a morte, visíveis sob luz ultravioleta, com pigmento de branco de titanio datável a partir de 1918; evidências de retoques em foto de 1926.
- O instituto Wildenstein Plattner confirmou a atribuição em 9 de outubro, e a obra foi inicialmente cedida a Gauguin por Nguyen Van Cam em 1903, passando por várias mãos até a doação ao museu em 1945.
- O museu não planeja remover os retoques, considerados parte da história da obra, que hoje faz parte da exposição permanente.
A autenticidade do último autorretrato de Paul Gauguin, que havia sido contestada como falsificação, foi confirmada pelo Kunstmuseum Basel. A investigação começou após o pesquisador Fabrice Fourmanoir alegar que a obra, supostamente pintada em 1916, era na verdade uma cópia feita por um amigo vietnamita do artista, Nguyen Van Cam.
Após análise técnica, o museu concluiu que, embora a atribuição a Gauguin seja válida, partes do rosto foram retocadas após sua morte. Esse retoque, visível sob luz ultravioleta, afeta áreas como a testa, olhos e queixo. A presença de pigmento de branco de titânio, disponível somente a partir de 1918, sugere que as intervenções ocorreram após essa data, com evidências de retoques em uma foto de 1926.
Investigação Completa
Os especialistas do museu rejeitaram a ideia de que a pintura original fosse uma falsificação, mas reconheceram que Nguyen Van Cam pode ter ajudado Gauguin. A análise foi corroborada pelo Wildenstein Plattner Institute, que confirmou a atribuição em 9 de outubro. A obra foi inicialmente dada por Gauguin a Cam em 1903 e passou por várias mãos antes de ser doada ao museu em 1945.
O Kunstmuseum Basel informou que não há planos para remover os retoques, uma vez que eles fazem parte da história da obra. O autorretrato agora faz parte da exibição permanente do museu, destacando a vulnerabilidade do artista em seus últimos anos e a complexidade de sua produção artística.