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Novo livro revela o lado tóxico do Vorticismo e coloca suas pioneiras de volta em evidência

Estudo de James King revaloriza Dismorr e Saunders, evidencia o lado tóxico do Vorticismo e coloca as duas artistas no centro da narrativa

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Abstract Composition in Blue and Yellow (around 1915) by Helen Saunders. Like Jessica Dismorr, Saunders found herself disparaged and sidelined within the male-dominated Vorticist movement © the estate of Helen Saunders
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  • O Vorticismo, considerada a primeira vanguarda britânica, é frequentemente ligado a Wyndham Lewis e Ezra Pound, mas novo estudo de James King reaviva o papel de Jessica Dismorr e Helen Saunders.
  • O livro de King, intitulado Our Little Gang, destaca o lado tóxico do movimento e coloca as duas artistas no centro da narrativa, com cartas e controvérsias.
  • A pesquisa aponta uma dinâmica de poder que favorecia os homens; em correspondência, Lewis desmerecia Dismorr chamando-a de “pessoa maçante” e tentava ofuscar talentos de outros artistas, como ao tentar retirar uma obra de David Bomberg de uma exposição.
  • Saunders era reconhecida pela abordagem experimental; um exemplo citado é Abstract Composition in Blue and Yellow, que mostraria obras que falavam por si.
  • A obra de King inclui análise crítica das relações e sugere que a marginalização das mulheres não foi apenas falta de reconhecimento, mas ambiente hostil; a peça The Vorticists at the Restaurant de la Tour Eiffel, de William Roberts, ilustra a exclusão, com Dismorr e Saunders relegadas a um canto.

O Vorticismo, considerado a primeira vanguarda britânica, é frequentemente associado a figuras masculinas como Wyndham Lewis e Ezra Pound. No entanto, um novo estudo de James King, intitulado “Our Little Gang”, reaviva o debate sobre o papel das artistas Jessica Dismorr e Helen Saunders, que foram marginalizadas no movimento.

King destaca o lado tóxico do Vorticismo, revelando como a dinâmica de poder entre os artistas favorecia os homens. Em cartas trocadas, Lewis chegou a desmerecer Dismorr, chamando-a de “pessoa maçante”. Esse comportamento não era isolado, pois Lewis frequentemente tentava ofuscar os talentos de outros artistas, como ao tentar remover uma obra de David Bomberg de uma exposição.

A pesquisa de King não apenas coloca Dismorr e Saunders no centro da narrativa, mas também questiona a natureza do Vorticismo. O movimento buscava equilibrar a abstração com a representação, mas frequentemente se via dominado por uma visão masculina. Saunders, por exemplo, era conhecida por sua abordagem experimental, criando obras que falavam por si mesmas, como em sua “Abstract Composition in Blue and Yellow”.

Reavaliação Histórica

O livro de King inclui uma análise crítica das obras e das relações interpessoais no Vorticismo. Ele sugere que a marginalização das mulheres na história da arte não é apenas uma questão de falta de reconhecimento, mas também de um ambiente hostil que desencorajava sua participação plena.

Além disso, a obra “The Vorticists at the Restaurant de la Tour Eiffel”, de William Roberts, ilustra essa exclusão. Nele, as duas artistas aparecem relegadas a um canto, simbolizando a invisibilidade das mulheres no movimento. O estudo de King é um passo importante para reescrever a história do Vorticismo, trazendo à luz as contribuições de Dismorr e Saunders, que merecem reconhecimento por seu papel essencial.

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