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07 de jan 2025

Arte contemporânea e política: críticas à obsessão por justiça social na Bienal de Whitney

O Whitney Biennial gera debates sobre arte, política e identidade desde 1993. Críticos como Dean Kissick e J.J. Charlesworth questionam a qualidade da arte contemporânea. Kissick critica a política de identidade, associando a a conservadorismo formal. Charlesworth relaciona problemas financeiros do Tate a uma programação ideológica. Ambos ignoram dados relevantes, evidenciando preconceitos em suas análises.

Foto:Reprodução

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A recente discussão sobre a Whitney Biennial de 2024 gerou críticas que ecoam debates de décadas passadas. O crítico do The New York Times questionou por que a exposição não incluiu uma análise de cartoons políticos, enquanto a Time descreveu o evento como uma "saturnália de correção política". O artigo da Harper's apontou que a arte contemporânea está sendo dominada por uma abordagem socialmente consciente, sugerindo que a política está prejudicando a arte. Curiosamente, as críticas de 1993 e 2024 revelam um ciclo repetitivo nas discussões sobre arte e política.

Dean Kissick, em seu artigo "The Painted Protest", argumenta que a predominância da política de identidade na arte contemporânea está acompanhada de conservadorismo formal e uma nostalgia pelo passado. No entanto, sua crítica parece cair nas armadilhas que ele mesmo aponta, sem apresentar argumentos sólidos sobre obras que exemplifiquem o que foi perdido. J.J. Charlesworth, por sua vez, atribui os problemas financeiros da Tate à sua ênfase em narrativas sociais, alegando que obras "mediocres" estão sendo priorizadas em detrimento de clássicos.

Ambos os críticos, Kissick e Charlesworth, falham em sustentar suas opiniões com dados concretos. Kissick menciona uma era idealizada da arte contemporânea, mas não fornece exemplos específicos que sustentem sua visão. Charlesworth utiliza estatísticas questionáveis para criticar a programação da Tate, ignorando que a popularidade das exposições pode variar independentemente de suas temáticas.

No contexto atual, a discussão sobre identidade e política é mais relevante do que nunca. A programação contemporânea mais equitativa e diversificada não só é justa, mas também tem proporcionado experiências artísticas profundas. Embora existam falhas na curadoria e na execução de algumas exposições, a ideia de que a arte contemporânea enfrenta uma crise existencial reflete mais as visões pessoais de Kissick e Charlesworth do que a realidade do cenário artístico atual.

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