Louise Bonnet explora a nudez feminina e a corporeidade em nova exposição em Nova York

Louise Bonnet, artista conhecida por suas pinturas que exploram a figura feminina, está preparando uma nova série para a SITE Santa Fe International e uma exposição em dupla com Elizabeth King no Swiss Institute. Após perder seu trabalho anterior em incêndios, Bonnet reiniciou suas criações.

As obras de Bonnet são caracterizadas por exageros que capturam a complexidade do corpo humano, abordando temas de prazer e desconforto. Suas pinturas, como Pisser Triptych e Kneeling Sphinx 2, mostram figuras com proporções inusitadas, refletindo a dualidade entre o familiar e o grotesco. A artista destaca a experiência corporal, muitas vezes utilizando elementos de humor e referências culturais.

Novas Obras e Temas

Na nova série, Bonnet foca em gestos cotidianos, como amarrar cadarços e ajustar sutiãs, mas sem as roupas. Ela busca representar esses movimentos de forma íntima, como se o espectador estivesse espiando. A artista menciona que sua abordagem é influenciada por referências históricas e culturais, como espiões britânicos da Segunda Guerra Mundial.

Bonnet também discute a relação entre suas obras e a nudez feminina, evitando moralizações. Para ela, a representação do corpo é uma forma de expressar experiências pessoais, sem se prender a estigmas sociais. A artista afirma que seu trabalho não é uma declaração sobre mulheres, mas uma exploração do que é aceitável mostrar.

Exposições Futuras

A exposição De Anima, que Bonnet realiza com Elizabeth King, destaca a afinidade entre suas abordagens artísticas. Enquanto Bonnet traz suas figuras caricaturais, King apresenta bonecos de madeira que dialogam com a vitalidade das obras. A nova série para a SITE Santa Fe International, prevista para junho, incluirá pequenas pinturas inspiradas em desenhos eróticos de D.H. Lawrence, refletindo sobre a desconexão do corpo.

Bonnet enfatiza que seu trabalho é uma forma de observar e pensar sobre os corpos que pinta, sem se preocupar com a recepção externa. A artista continua a desafiar as normas da representação, criando um espaço onde a figura feminina é livre de imposições.