Adam Lambert busca ampliar a mente do público em 'Jesus Christ Superstar'

Jesus Christ Superstar, o icônico musical de Andrew Lloyd Webber e Tim Rice, retorna ao palco com uma nova produção no Hollywood Bowl, marcada para iniciar em 1º de agosto. Com Cynthia Erivo no papel de Jesus e Adam Lambert como Judas, a montagem já gera polêmica, especialmente após a escolha de Erivo, que é negra, queer e mulher. Críticos conservadores a consideram uma escolha "blasfema".

A obra, que estreou em 1971, questiona a divindade de Jesus, apresentando-o como um homem comum em busca de fazer a diferença. Tim Rice, um dos criadores, afirmou que a peça não é religiosa, mas sim uma narrativa provocativa. A nova produção, que promete ser uma das mais comentadas, destaca-se pela diversidade de seu elenco e pela abordagem contemporânea.

Adam Lambert, que recentemente interpretou o Emcee em Cabaret, expressou entusiasmo por trabalhar ao lado de Erivo. Ele ressaltou a importância de desafiar normas e expandir a percepção do público sobre o papel de Jesus. "Acredito que os ensinamentos de Jesus devem transcender gênero", afirmou Lambert, elogiando a performance de Erivo.

A montagem, que conta com apenas nove dias de ensaio, já impressionou o elenco com seu talento e profissionalismo. Lambert destacou que a experiência de voltar aos palcos da Broadway o preparou bem para o papel de Judas, que inclui algumas das canções mais memoráveis do musical, como "Heaven on Their Minds".

Cynthia Erivo, por sua vez, comentou sobre a reação ao seu papel, afirmando que espera que o público reconheça a produção como uma celebração musical. "É um espetáculo onde espero que todos se sintam bem-vindos", concluiu.