Mubi esclarece polêmica sobre investimento de empresa vinculada a Israel

A Mubi, plataforma de streaming, confirmou neste sábado (14) sua parceria com a Sequoia Capital, após receber um investimento de US$ 100 milhões. A decisão gerou polêmica nas redes sociais, onde usuários pediram um boicote ao serviço. O investimento da Sequoia, realizado em maio, levantou preocupações devido às suas ligações com a startup Kela, fundada por ex-membros da inteligência israelense.

A Kela, que recebeu US$ 70 milhões em rodadas de financiamento, desenvolve tecnologias que integram inteligência artificial a operações militares. Essa conexão com o exército de Israel, especialmente após os recentes conflitos na Faixa de Gaza, levou a um clamor por parte de ativistas e usuários, que exigiram que a Mubi devolvesse o investimento.

Em resposta às críticas, a Mubi afirmou que não compartilha das visões de seus investidores. A plataforma destacou que a escolha de trabalhar com a Sequoia se baseou no apoio à sua missão de promover o cinema. "Andrew Reed e a Sequoia querem nos ajudar a crescer e a trazer o melhor do cinema para mais pessoas ao redor do mundo", declarou a Mubi em comunicado.

A controvérsia em torno do investimento da Sequoia reflete um cenário mais amplo de como as empresas de tecnologia e entretenimento lidam com questões éticas e políticas em um mundo cada vez mais polarizado.