- A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) propõe a ampliação da licença-paternidade de cinco para 30 a 60 dias.
- A entidade enviará uma carta ao Congresso Nacional solicitando a aprovação de projetos de lei para essa mudança.
- Os pediatras afirmam que o período atual é insuficiente para que os pais apoiem a mãe e o recém-nascido.
- Estudos indicam que a presença do pai nos primeiros dias de vida é importante para o aleitamento materno e o vínculo afetivo.
- A proposta visa promover a corresponsabilidade no cuidado infantil e relações familiares mais equilibradas.
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) está se mobilizando para ampliar a licença-paternidade, atualmente de apenas cinco dias, para um período entre 30 e 60 dias. A entidade enviará uma carta ao Congresso Nacional solicitando a aprovação de projetos de lei que visam essa mudança, que já é debatida há anos.
Os pediatras argumentam que o tempo atual é insuficiente para que os pais possam apoiar adequadamente a mãe e o recém-nascido. A SBP destaca que estudos científicos demonstram que a presença paterna nos primeiros dias de vida é crucial para o sucesso do aleitamento materno e para o fortalecimento do vínculo afetivo entre pai e filho. De acordo com a pesquisa da Universidade de Harvard, a licença mais longa pode até alterar a estrutura cerebral dos pais, aumentando sua sensibilidade e capacidade de cuidado.
A carta da SBP enfatiza que garantir um tempo adequado para os pais com seus filhos não apenas reduz a sobrecarga sobre as mães, mas também promove relações familiares mais equilibradas. A proposta visa criar uma sociedade que valorize a corresponsabilidade no cuidado infantil, refletindo a importância do envolvimento paterno desde os primeiros momentos de vida da criança.