- Gabriel Picard, presidente da Federação dos Exportadores de Vinhos e Espirituosos (FEVS), mostrou otimismo sobre a possível isenção das tarifas de 15% dos Estados Unidos sobre vinhos e espirituosos da União Europeia.
- As negociações entre a Comissão Europeia e os EUA estão em andamento, e Picard acredita em um desfecho favorável.
- As novas tarifas, que começam a valer em 7 de agosto, foram estabelecidas por um decreto do ex-presidente Donald Trump.
- Picard alertou que a combinação do aumento das tarifas e a valorização do euro pode resultar em um aumento total de 30% nos preços dos produtos no mercado americano, levando a uma perda de 25% no volume de vendas.
- Ele destacou que cada dólar de vinho ou espirituoso importado gera cinco dólares na economia americana, o que torna a situação crítica para a competitividade dos produtos europeus.
Gabriel Picard, presidente da Federação dos Exportadores de Vinhos e Espirituosos (FEVS), manifestou otimismo em relação à possibilidade de isenção das tarifas de 15% impostas pelos Estados Unidos sobre vinhos e espirituosos da União Europeia. Em entrevista à France Inter, Picard destacou que as negociações entre a Comissão Europeia e os EUA continuam, e ainda há esperança de um desfecho favorável.
As novas tarifas, que entrarão em vigor em 7 de agosto, foram estabelecidas por um decreto assinado pelo ex-presidente Donald Trump. O representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, afirmou que essas taxas são “quase definitivas” e não devem ser objeto de negociações imediatas. Picard, no entanto, acredita que a luta contra essas tarifas conta com o apoio da indústria americana de vinhos e espirituosos, que também se opõe a essas medidas.
Impactos Econômicos
A FEVS expressa preocupação com as consequências econômicas das tarifas. Picard alertou que a combinação de um aumento de 15% nas tarifas e a valorização do euro em relação ao dólar pode resultar em um aumento total de 30% nos preços dos produtos no mercado americano. Isso poderia levar a uma perda de 25% no volume de vendas, afetando diretamente o principal mercado de exportação da indústria.
Picard enfatizou que, para cada dólar de vinho ou espirituoso importado pelos EUA, há um faturamento de cinco dólares gerados no país. Portanto, a situação é ainda mais crítica para os americanos, que têm um grande interesse em manter a competitividade dos produtos europeus. As discussões entre as partes envolvidas seguem em andamento, e a FEVS continua a pressionar por uma solução que beneficie todos os envolvidos.