- O mercado de arte enfrenta desafios devido à pandemia e à instabilidade econômica.
- Galerias estão mudando suas estratégias, reduzindo a participação em feiras e priorizando exposições longas e experiências personalizadas.
- Mathieu Borysevicz, da Bank Gallery, lançou um pop-up em Nova York, mas a saída de colecionadores e o fechamento de galerias indicam uma crise no setor.
- Mary Sabbatino, da Galerie Lelong & Co., afirma que a guerra comercial e tarifas impactaram a presença de colecionadores, levando a uma reavaliação das despesas.
- A busca por novos colecionadores é prioridade, com iniciativas que conectam arte e hospitalidade, além de exposições solo para atrair um público mais jovem.
O mercado de arte está passando por uma transformação significativa, impulsionada por desafios recentes, como a pandemia e a instabilidade econômica. Galerias estão se adaptando, reduzindo a participação em feiras e priorizando exposições mais longas e experiências personalizadas para atrair novos colecionadores.
Recentemente, Mathieu Borysevicz, fundador da Bank Gallery, lançou um pop-up no Lower East Side de Nova York. Ele buscou apresentar o trabalho da galeria a novos públicos, especialmente em um momento em que o mercado parecia promissor. No entanto, a realidade mudou rapidamente, com a saída de colecionadores e o fechamento de galerias, evidenciando um mercado em crise.
Mary Sabbatino, da Galerie Lelong & Co., destacou que tanto desafios internos quanto externos estão forçando as galerias a repensar suas estratégias. A guerra comercial e as tarifas impactaram a presença de colecionadores, levando a uma reavaliação das despesas com feiras e eventos. Borysevicz, por exemplo, decidiu não participar mais de feiras apenas por participar, priorizando eventos que se alinhem com a visão da galeria.
Novas Estratégias
A mudança de foco para exposições mais longas é uma tendência crescente. Jack Shainman, um veterano do setor, acredita que as feiras estão se tornando um modelo ultrapassado. Ele está investindo em um novo espaço em Tribeca, onde planeja realizar exposições de longa duração, como a de Hank Willis Thomas, que ficará em cartaz por dois meses.
Graham Wilson, da Swivel Gallery, também está apostando em feiras, mas com uma abordagem diferente. Ele apresenta exposições solo para transmitir confiança em seus artistas. Wilson enfatiza a importância de não ceder à pressão do mercado, mantendo a integridade da galeria.
Atraindo Novos Colecionadores
A busca por novos colecionadores é uma prioridade. Harper Levine, que abrirá uma galeria em Bangkok, está integrando experiências de hospitalidade com arte, criando um ambiente acolhedor. Fries, da Abri Mars, também está focado em conectar arte e moda, atraindo um público mais jovem e diversificado.
Enquanto isso, Gordon VeneKlasen, da Michael Werner Gallery, observa um interesse crescente entre colecionadores jovens, que buscam entender o valor das obras. A revitalização do mercado de arte depende da capacidade das galerias de se adaptarem e de se conectarem com novas audiências, garantindo um futuro sustentável para o setor.