- A produção vitícola na França deve aumentar em três por cento em 2025, totalizando 37,4 milhões de hectolitros.
- Esse crescimento ocorre após uma colheita fraca em 2024, afetada por mildiou e canícula.
- A Bourgogne terá um aumento de 45% na produção, enquanto a Alsace enfrentará uma queda de 11%.
- O ministério da Agricultura destaca que a produção ainda ficará 13% abaixo da média dos últimos cinco anos.
- Outras regiões, como o Bordelais e o Languedoc-Roussillon, também enfrentarão dificuldades devido a condições climáticas adversas.
A produção vitícola na França deve apresentar um leve aumento de 3% em 2025, totalizando 37,4 milhões de hectolitros. Essa recuperação é esperada após a colheita fraca de 2024, que foi severamente impactada por fatores climáticos como o mildiou e a canícula.
As estimativas regionais mostram um cenário contrastante. A Bourgogne se destaca com um aumento de 45% na produção, enquanto a Alsace deve enfrentar uma queda de 11%. O ministério da Agricultura ressalta que, apesar do crescimento, a produção ainda ficará 13% abaixo da média dos últimos cinco anos.
Na Bourgogne, a recuperação é atribuída à superação dos danos causados pelo mildiou em 2024. O Jura, que sofreu com o congelamento, verá sua colheita triplicar. No Val de Loire, a colheita deve crescer 26%, enquanto a Champagne espera um aumento de 12% em relação ao ano anterior.
Desafios Regionais
Entretanto, outras regiões enfrentam dificuldades. No Bordelais, a produção deve permanecer estável, mas 15% abaixo da média quinquenal, devido à canícula e ao desmatamento de 8.000 hectares. O Languedoc-Roussillon também deve ver uma diminuição de 5% na produção, resultado de incêndios e condições climáticas adversas.
A Alsace, que registrou as vendanges mais precoces da história, enfrentará uma colheita menor, com uvas menores e menos abundantes. O Beaujolais, por sua vez, terá a colheita mais baixa desde 2012, refletindo os desafios climáticos enfrentados.
Essas previsões indicam que, embora haja um leve otimismo para 2025, a indústria vitivinícola francesa ainda lida com os efeitos persistentes de condições climáticas extremas e suas consequências nas colheitas.