- A exposição “A arte de amar, a arte de resistir” no Paço Imperial, no Rio de Janeiro, celebra os 90 anos da artista Maria Bonomi.
- A mostra apresenta 230 obras, incluindo uma sala dedicada ao amor e outra que critica o militarismo.
- Bonomi é conhecida por suas obras que abordam temas políticos e sociais, especialmente durante a ditadura militar no Brasil.
- A sala “Amor Inscrito” é um dos destaques da exposição, já tendo sido exibida em Brasília, Paris e Madri.
- O evento marca o retorno da artista ao Rio, onde não realizava uma exposição individual desde mil novecentos e setenta e cinco.
Exposição Celebra os 90 Anos de Maria Bonomi
A exposição “A arte de amar, a arte de resistir” no Paço Imperial, no Rio de Janeiro, comemora os 90 anos da artista Maria Bonomi. Com 230 obras expostas, a mostra inclui uma sala dedicada ao amor e outra que critica o militarismo, refletindo a trajetória da artista.
Bonomi, conhecida por suas obras que abordam temas políticos e sociais, tem uma longa parceria com a galerista Maria Helena Peres. O relacionamento entre elas, que começou em 2003, é uma das facetas exploradas na exposição. A sala Amor Inscrito, com paredes vermelhas e símbolos de afeto, é um dos destaques. Criada em 2009, essa sala já foi exibida em Brasília, Paris e Madri.
A artista também apresenta obras que retratam a opressão durante a ditadura militar no Brasil, período em que foi presa. Bonomi relembra a intensidade desse tempo, afirmando que “o autoritarismo gera artes com esse teor forte”. A obra “Balada do terror” (1970) faz alusão a métodos de tortura, simbolizando a dor e a resistência.
Reflexões sobre a Arte e o Amor
A relação entre Bonomi e Peres influenciou a produção artística da gravadora. Em suas obras, Bonomi busca romper padrões, especialmente ao abordar o corpo feminino. A artista destaca que “a busca é sincera por um rompimento de padrões”, refletindo sua visão sobre a representação feminina na arte.
Com a reinauguração da galeria Transarte, focada em artistas LGBTQIA+, Peres tem catalogado e organizado o acervo de Bonomi. A artista, que chegou ao Brasil em 1944, expressa gratidão pela nova fase de sua carreira, afirmando que a exposição é uma entrega de tudo que realizou.
A mostra no Paço Imperial é um reencontro com a história de Bonomi, que não expõe individualmente no Rio desde 1975. O evento, que inclui uma conversa com a artista e os curadores, representa um marco significativo na carreira da artista, unindo amor e resistência em suas obras.