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Côte Roannaise revela a riqueza dos sabores dos terroirs vulcânicos

Projeto de redelimitação da AOP na Côte Roannaise busca incluir vinhedos em altitudes superiores até 2028 para melhorar a qualidade dos vinhos

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Foto: Reprodução
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  • O terroir da Côte Roannaise, na França, passa por um novo projeto de redelimitação da AOP (Appellation d’Origine Protégée), iniciado em 2024 e com conclusão prevista para 2028.
  • O objetivo é incluir vinhedos em altitudes superiores para preservar a frescura dos vinhos, especialmente do cépage gamay saint-romain.
  • Os vinhedos estão localizados entre 350 e 550 metros de altitude, beneficiados pela geografia dos montes de Madeleine, que protegem contra a umidade do Atlântico.
  • Stéphane Sérol, do Domaine Sérol, afirma que a nova delimitação permitirá a inclusão de parcelas antes excluídas, agora consideradas promissoras.
  • Os solos da região, formados por arènes siliceuses, proporcionam uma diversidade de microterroirs, permitindo diferentes expressões aromáticas nos vinhos.

O terroir da Côte Roannaise, na França, ganha destaque com um novo projeto de redelimitação da AOP, iniciado em 2024 e previsto para ser concluído em 2028. A iniciativa visa incluir parcelas de vinhedos em altitudes superiores, com o objetivo de preservar a frescura dos vinhos, especialmente do cépage gamay saint-romain, que é a principal variedade cultivada na região.

Os vinhedos da Côte Roannaise, localizados entre 350 e 550 metros de altitude, são influenciados pela geografia dos montes de Madeleine, que atuam como uma barreira contra a umidade do Atlântico. Essa característica climática é crucial para a produção de vinhos de qualidade, pois reduz a incidência de chuvas excessivas e tempestades. Contudo, a região também enfrenta desafios relacionados às mudanças climáticas, levando os viticultores a buscar áreas mais elevadas, que antes eram consideradas tardias para a maturação das uvas.

Stéphane Sérol, do Domaine Sérol, destaca que a nova delimitação permitirá a inclusão de parcelas anteriormente excluídas, agora vistas como promissoras para a produção de vinhos frescos e equilibrados. A mudança reflete uma adaptação necessária às novas condições climáticas, onde a altitude se torna um fator ainda mais relevante na viticultura.

Além da altitude, a composição do solo desempenha um papel fundamental na qualidade dos vinhos. Os solos da Côte Roannaise são predominantemente formados por arènes siliceuses, resultantes da decomposição de rochas magmáticas e metamórficas. Essa diversidade de solos cria uma rica tapeçaria de microterroirs, permitindo aos vinicultores explorar diferentes expressões aromáticas em seus vinhos.

Os vinhos da região, que incluem predominantemente tintos e rosés, são elaborados com o gamay saint-romain, uma variante local do gamay negro. Os produtores têm investido em um conservatório com 65 indivíduos dessa cepa, visando preservar suas características únicas e adaptadas ao terroir local. A paixão e o dinamismo dos viticultores da Côte Roannaise são evidentes na busca por inovações e na valorização de suas tradições vitivinícolas.

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