- O Museu RA Rodda da Universidade da Tasmânia manteve restos humanos sem consentimento familiar desde mil novecentos e sessenta e seis.
- Uma investigação revelou que foram recebidos cento e setenta e sete espécimes para ensino e pesquisa, muitos de autópsias entre mil novecentos e sessenta e seis e mil novecentos e noventa e um.
- Em dois mil e dezoito, os restos foram retirados de exibição e os nomes de cento e vinte e seis indivíduos foram publicados online.
- O vice-reitor, Graeme Zosky, pediu desculpas e informou que cem espécimes foram devolvidos ou descartados, enquanto os não identificados foram enterrados respeitosamente.
- A deputada Meg Webb classificou o relatório como chocante e sugeriu compensações para as famílias afetadas.
O Museu RA Rodda da Universidade da Tasmânia manteve restos humanos em seu acervo sem o consentimento das famílias desde 1966. Uma investigação revelou que 177 espécimes foram recebidos para fins de ensino e pesquisa, muitos deles provenientes de autópsias realizadas entre 1966 e 1991. O coroner Simon Cooper destacou que os responsáveis anteriores não tinham conhecimento de que os restos haviam sido transferidos para o museu.
A situação veio à tona em 2016, quando o curador do museu expressou preocupações sobre a legalidade da manutenção dos restos. Em 2018, as peças foram retiradas de exibição e, em janeiro deste ano, os nomes de 126 indivíduos cujos restos foram identificados foram publicados online. Cooper informou que 100 espécimes foram devolvidos ou descartados conforme os desejos das famílias, enquanto os restos não identificados foram enterrados de forma respeitosa.
O vice-reitor da universidade, Professor Graeme Zosky, pediu desculpas e reconheceu a dor causada às famílias. Ele afirmou que a universidade se compromete a revisar as descobertas da investigação. A prática de manter restos humanos sem consentimento foi considerada por Cooper como “ofensiva aos padrões contemporâneos” e “inconcebível”.
A deputada independente Meg Webb classificou o relatório como “apavorante” e “profundamente chocante”, sugerindo que compensações e ações adicionais devem ser consideradas para lidar com a situação.