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Viticultura se adapta às mudanças climáticas no norte da Alemanha

Viticultores alemães enfrentam colheitas mais precoces e desafios climáticos, enquanto buscam se destacar no mercado global competitivo.

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Foto: Reprodução
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  • A viticultura na Alemanha enfrenta novos desafios devido ao aquecimento global, com colheitas iniciando mais cedo, em setembro.
  • O viticultor Manfred Lindicke relata que, em 1996, as colheitas ocorriam em torno do 1º de outubro.
  • Fenômenos climáticos extremos, como secas e chuvas excessivas, e doenças como mildiou e esca, afetam a produção.
  • Para lidar com esses problemas, Lindicke implementou irrigação por gotejamento e planta novas variedades de uvas resistentes a doenças.
  • Apesar da melhora na qualidade do vinho, os produtores enfrentam dificuldades econômicas, especialmente com a concorrência de vinhos de baixo custo de países vizinhos.

A viticultura na Alemanha, que já enfrentou sérios desafios no século XIX, como o desaparecimento das vinhas devido a gelos e dificuldades econômicas, está passando por uma nova fase de transformação. Desde a reunificação, a produção de vinho tem se recuperado, mas agora enfrenta o impacto do aquecimento global.

Atualmente, as colheitas começaram mais cedo, em setembro, conforme relata o viticultor Manfred Lindicke. Ele observa que, em 1996, as colheitas ocorriam em torno do 1º de outubro. Essa mudança é atribuída ao aumento da temperatura média, que subiu mais de um grau desde 1990, segundo o Instituto Alemão do Vinho (DWI). A adaptação das práticas vitícolas é crucial, já que fenômenos climáticos extremos e doenças ameaçam a produção.

Desafios Climáticos

Os viticultores enfrentam uma série de desafios, incluindo secas, chuvas excessivas e doenças como o mildiou e a esca. Lindicke destaca que as colheitas precoces e os danos causados pelo sol são preocupações crescentes. Para mitigar esses problemas, ele implementou um sistema de irrigação por gotejamento em sua propriedade. Além disso, novas variedades de uvas resistentes a doenças, conhecidas como “PiWi”, estão sendo plantadas em mais de 3% das áreas vitícolas do país.

Na região da Baixa Saxônia, a viticultura se torna viável, mas também mais desafiadora. O presidente da associação vitícola local, Jan Brinkmann, afirma que as temperaturas agora são adequadas, mas os viticultores devem se adaptar constantemente às novas condições climáticas.

Mercado e Concorrência

Apesar das melhorias na qualidade do vinho, os produtores alemães enfrentam dificuldades econômicas, especialmente após a pandemia de Covid-19. A demanda por vinhos de baixo custo, principalmente de países vizinhos, tem impactado as vendas. Lindicke observa que, enquanto um Sauvignon Blanc francês pode custar apenas 2,50 euros, seus vinhos de qualidade são vendidos a preços muito mais altos, o que dificulta a competitividade.

Com a crescente demanda por vinhos de qualidade, os viticultores alemães estão determinados a se destacar no mercado. No entanto, a busca por um sucessor para suas vinícolas se torna uma preocupação para muitos, como é o caso de Lindicke, que aos 75 anos ainda procura um herdeiro para seu legado.

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