- Em entrevista à revista Numero, Roberta Smith, crítica de arte, conversou com Larry Gagosian, marchand influente.
- Gagosian gerencia dezoito galerias globalmente e admitiu não conseguir micromanagear todas.
- Ele reconheceu dois erros significativos: o fechamento das galerias de São Francisco e Genebra.
- Gagosian compartilhou histórias de aquisições, incluindo uma pintura de Pablo Picasso comprada por $ 900 mil, hoje avaliada em $ 40 milhões.
- Ele também mencionou sua relação com Jean-Michel Basquiat e elogiou a curadoria de Matthew Marks.
Entrevista Reveladora
Em uma entrevista exclusiva para a revista Numero, Roberta Smith, crítica de arte renomada, conversou com Larry Gagosian, um dos mais influentes marchands do mundo. A interação entre os dois, que sempre foi limitada, trouxe à tona insights sobre o mercado de arte e a gestão de galerias.
Gagosian, que gerencia dezoito galerias globalmente, admitiu que não pode micromanagear todas elas. Ele revelou que mantém contato frequente com seus diretores, ligando quase todos os dias. O marchand também compartilhou que cometeu apenas dois erros significativos em sua carreira: o fechamento das galerias de São Francisco e Genebra, que ele reconheceu como decisões equivocadas.
Histórias de Aquisições
Durante a conversa, Gagosian recordou a compra de uma pintura de Pablo Picasso, que adquiriu por 900 mil dólares em um leilão. Hoje, essa obra é avaliada em 40 milhões de dólares. Ele atribuiu o preço acessível à reputação negativa do vendedor na época. Smith, por sua vez, relembrou a primeira exposição de Gagosian em Nova York, destacando a importância de seu trabalho na cena artística.
Além disso, Gagosian mencionou sua relação com Jean-Michel Basquiat, revelando que deveria ter mantido uma de suas obras, que foi vendida por 80 mil dólares e hoje é considerada uma das mais valiosas do artista. Ele também elogiou a curadoria de Matthew Marks, reconhecendo que seu estilo de representação é diferente do seu.
Reflexões sobre o Mercado
A entrevista destacou a visão de Gagosian sobre o mercado de arte, onde ele se vê mais como um “lojista”. Smith observou que a conversa girou em torno de questões práticas do setor, refletindo a experiência e a sabedoria acumuladas ao longo de décadas. Gagosian, com uma equipe de cerca de 300 pessoas, continua a moldar o cenário artístico contemporâneo, sempre em busca de novas oportunidades e talentos.
