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Exposição em Pequim é acusada de apropriação cultural e distorção de Xinjiang

Coletivo xinjiang Yixak acusa a mostra Greetings, de Dan Er, de apropriação cultural e generalizações sobre Xinjiang; Maca não comentou; seminário teve participação limitada de Xinjiang

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Xinjiang is famous domestically for its scenery and resources, but known globally for allegedly being a site of prison labour and cultural repression; Photo: zheng
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  • Denúncia do coletivo Yixak sobre a exposição Greetings, no Maca Art Center, em Pequim, de 22 de março a 15 de junho de 2025, apresentando o trabalho da artista Dan Er.
  • O grupo afirma que houve apropriação cultural e generalizações imprecisas sobre as 47 minorias étnicas de Xinjiang.
  • Alega que a mostra conflita culturas, descontextualiza padrões têxteis Adras, rotula Xinjiang de forma errônea, além de não creditar colaboradores locais e excluir comunidades retratadas.
  • Dan Er e o Maca não comentaram as acusações; a instituição realizou um seminário sobre apropriação cultural com participação limitada de Xinjiang.
  • O único convidado associado ao seminário foi um artista Han; Yixak criticou a escolha e pediu maior representatividade das vozes de Xinjiang no cenário artístico.

Um coletivo de artistas e curadores de Xinjiang denunciou a exposição Greetings, realizada no Maca Art Center, em Pequim, entre 22 de março e 15 de junho de 2025. O grupo, conhecido como Yixak, alega que a mostra, que apresenta o trabalho da artista Dan Er, cometeu apropriação cultural e fez generalizações imprecisas sobre as 47 minorias étnicas da região.

Os críticos afirmam que a exposição conflitou culturas e descontextualizou padrões têxteis Adras, além de rotular Xinjiang de maneira errônea. A falta de crédito a colaboradores locais e a exclusão das comunidades retratadas também foram apontadas como falhas significativas. Yixak, que permanece anônimo por questões de segurança, expressou descontentamento com a representação da cultura local.

Críticas à Exposição

Em uma declaração publicada no Pailang Museum, o coletivo destacou que a equipe da exposição não demonstrou familiaridade com a língua e a cultura que tentava representar. A mostra incorporou elementos como dança, arquitetura e padrões têxteis da cultura uyghur, mas, segundo Yixak, fez generalizações erradas, como a ideia de que todas as mulheres de Xinjiang podem ser chamadas de “guli”, que significa flor.

Membros do Yixak, que incluem profissionais de diversas áreas, como arte contemporânea e direito, afirmaram que se sentiram ofendidos com a forma como a cultura uyghur foi apresentada. A artista Dan Er e o Maca Art Center não comentaram sobre as acusações, mas expressaram arrependimento pela falta de resposta direta.

Seminário e Representatividade

Após a controvérsia, o Maca Art Center organizou um seminário sobre apropriação cultural, mas a participação de representantes de Xinjiang foi limitada. O único convidado associado foi um artista Han que teve breve contato com a região. Yixak criticou essa escolha, afirmando que não representa adequadamente as vozes locais.

O coletivo enfatiza que a discussão sobre diversidade e identidade na arte contemporânea na China é escassa e que a uniformidade cultural do país é um mito. Eles buscam oportunidades para que as vozes de Xinjiang sejam ouvidas e respeitadas no cenário artístico.

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