Em Alta NotíciasConflitoseconomiaFutebolrelações internacionais

Converse com o Telinha

Telinha
Oi! Posso responder perguntas apenas com base nesta matéria. O que você quer saber?
Entrar

Duas filantropias, trajetórias diferentes entre fundações privadas de Londres e Paris

Londres recebe duas novas fundações privadas, Yan Du Projects e Ibraaz, apoiadas por patronos asiáticos e pela família Lazaar, ampliando o ecossistema cultural

Telinha
Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Left: Ibraaz, London. Right, Fondation Cartier, Paris Courtesy Ibraaz and Fondation Cartier
0:00 0:00
  • Londres inaugura duas novas fundações privadas, Yan Du Projects (YDP) e Ibraaz, com foco em diversidade cultural e impacto social, abrindo este mês.
  • YDP fica em uma townhouse georgiana em Bedford Square e é espaço dedicado à arte asiática e à residência de artistas.
  • Ibraaz, em Fitzrovia, funciona como plataforma de diálogo global com biblioteca, livraria e café em quatro andares. As duas iniciativas são apoiadas por patronos asiáticos, destacando a presença de investidores estrangeiros na cena londrina.
  • A fundadora de Ibraaz, Lina Lazaar, afirma que o conceito de “maioria global” abrange várias culturas e experiências; a instalação de Ibrahim Mahama convida todos a se reunirem, e a biblioteca, organizada pelo Otolith Group, reúne obras de pensadores radicais.
  • Em contraste com Paris, onde museus privados como a Fondation Cartier se associam a marcas de luxo, Londres segue um modelo de fundações menores, mais institucionais e inclusivas, segundo Aaron Cezar, diretor da Delfina; ambos os contextos enfrentam queda de financiamento público.

O cenário das fundações privadas em Londres ganha novos contornos com a inauguração de duas iniciativas: Yan Du Projects (YDP) e Ibraaz. Ambas as fundações, que abrem suas portas este mês, têm como foco a diversidade cultural e o impacto social, refletindo uma tendência crescente na capital britânica.

O YDP, localizado em uma elegante townhouse georgiana em Bedford Square, é um espaço dedicado à arte asiática e à residência de artistas. Por sua vez, o Ibraaz, situado em Fitzrovia, é uma plataforma para o diálogo global, contando com biblioteca, livraria e café em seus quatro andares. Ambas as fundações são apoiadas por patronos asiáticos, destacando a influência crescente de investidores estrangeiros na cena cultural londrina.

Foco em Diversidade e Inclusão

A fundadora do Ibraaz, Lina Lazaar, enfatiza que o conceito de “maioria global” abrange uma ampla gama de culturas e experiências. O espaço busca promover hospitalidade e colaboração, com uma instalação do artista Ibrahim Mahama que convida todos a se reunirem. A biblioteca do Ibraaz, organizada pelo Otolith Group, é repleta de obras de pensadores radicais, refletindo um compromisso com a política progressista.

Da mesma forma, Yan Du busca criar um ambiente de experimentação artística. A fundação é parte de um movimento mais amplo que visa fomentar a comunidade e a pesquisa dentro da arte asiática e diasporas. Ambas as iniciativas exemplificam uma nova geração de patronos que priorizam o impacto social em vez da construção de legados pessoais.

Comparação com Paris

Enquanto Londres se destaca por sua rede diversificada de fundações menores e focadas em identidade, Paris abriga grandes museus privados, como a Fondation Cartier, que se mudaram para espaços imponentes e estão associados a marcas de luxo. Este modelo francês, sustentado por incentivos fiscais significativos, tem atraído investimentos substanciais, elevando o mercado de arte local e promovendo a cultura em grande escala.

O diretor da Delfina, Aaron Cezar, aponta que Londres se beneficia de um pluralismo estrutural, evidenciado pelo fato de que 41% da população londrina nasceu fora do Reino Unido. Isso, segundo ele, cria um ecossistema artístico mais equilibrado e acessível.

Ambas as cidades enfrentam desafios semelhantes, como a diminuição do financiamento público, mas suas abordagens à filantropia cultural diferem significativamente. Enquanto Paris se concentra em grandes iniciativas corporativas, Londres abraça um modelo mais comunitário e inclusivo, refletindo a evolução das fundações privadas em resposta às necessidades contemporâneas da arte e da sociedade.

Relacionados:

Comentários 0

Entre na conversa da comunidade
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela; a responsabilidade é do autor da mensagem. Conecte-se para comentar

Veja Mais