- Máret Ánne Sara, artista Sámi-Norueguesa, apresenta a obra Geabbil no Turbine Hall do Tate Modern, em Londres, em regime de Hyundai Commission, primeira grande peça dela no Reino Unido.
- A instalação permanece em exibição até 6 de abril de 2026 e utiliza som, luzes e elementos da cultura Sámi para discutir energia, mineração e deslocamento indígena.
- A artista já participou da Venice Biennale, em 2022, e da Documenta, em 2017, e volta a trabalhar com materiais tradicionais para explorar temas ambientais em Sápmi, onde vive.
- Geabbil emprega peles de rena, cabos elétricos e sons, incluindo joik (canto tradicional Sámi) e sons da tundra, para refletir sobre a relação entre extração de recursos e cultura Sámi.
- A obra aborda críticas a greenwashing e à colonização verde, mencionando projetos de mineração como o Nussir, e convida o público a repensar sustentabilidade e a sabedoria indígena.
Máret Ánne Sara, artista Sámi-Norueguesa, apresenta sua obra Geabbil no Turbine Hall do Tate Modern, em Londres. Esta instalação monumental, que ficará em exibição até 6 de abril de 2026, é sua primeira grande obra no Reino Unido e faz parte da Hyundai Commission. A artista, que já participou da Venice Biennale em 2022 e Documenta 14 em 2017, utiliza materiais tradicionais para explorar temas como energia, mineração e deslocamento Sámi.
A instalação Geabbil combina som, luzes e elementos da cultura Sámi, refletindo sobre as condições ambientais em Sápmi, onde a artista vive. Sara explica que o termo “goavve”, que se refere a pastagens “trancadas”, representa a realidade de mudanças climáticas que afetam a criação de renas. Cinco anos consecutivos de instabilidade climática resultaram em invernos mais úmidos, dificultando o acesso dos animais à comida.
Temas da Instalação
A obra de Sara não apenas destaca a luta dos Sámi, mas também critica o que ela chama de “greenwashing” e a colonização verde. Ela menciona projetos de mineração, como o da Nussir, que ameaça terras sagradas e ecossistemas locais. A instalação usa peles de rena e cabos elétricos para simbolizar a intersecção entre a extração de recursos e a cultura Sámi, questionando o impacto das energias renováveis em suas terras.
Sara também incorpora uma rica sonoridade à instalação, incluindo o canto tradicional Sámi, conhecido como joik, e sons da tundra. Os visitantes podem ouvir entrevistas com guardiões do conhecimento Sámi, criando uma experiência sensorial que desafia a percepção ocidental sobre a natureza e a espiritualidade indígena.
Com Geabbil, Máret Ánne Sara não apenas apresenta uma obra de arte, mas também convida o público a refletir sobre a relação entre os seres humanos e o meio ambiente, propondo uma nova forma de pensar sobre sustentabilidade e a sabedoria indígena.