- Echoes in the Present será apresentado na Frieze London, em 2025, com oito espaços expositivos e dez artistas, curada pela historiadora de arte nigeriana Jareh Das.
- A seção busca estabelecer um diálogo bidirecional sobre a influência cultural entre África e Brasil.
- Historicamente, doze milhões de africanos foram forçados a deixar o continente durante o comércio transatlântico, com mais de cinco milhões chegando ao Brasil, influenciando música, religião e linguagem.
- A curadora Jareh Das cresceu na Nigéria e lembra referências à cultura brasileira presentes em sua infância.
- O projeto integra uma linha de iniciativas sobre o tema, incluindo Afro-Atlantic Histories (2018) e Brasil e África: uma história compartilhada (Gorée, 2023), destacando o legado africano no Brasil.
A nova seção Echoes in the Present, que será apresentada na Frieze London em 2025, destaca a influência cultural mútua entre África e Brasil. Curada pela historiadora de arte nigeriana Jareh Das, a exposição conta com a participação de dez artistas em oito galerias. O projeto busca aprofundar a conversa sobre memória e práticas artísticas contemporâneas, explorando a diáspora africana e seu impacto duradouro.
Historicamente, cerca de 12 milhões de africanos foram forçados a deixar seu continente durante o comércio transatlântico de escravos, com mais de cinco milhões chegando ao Brasil. Essa herança cultural é evidente na música, religião e linguagem brasileiras, embora frequentemente negligenciada fora do país. A curadora Jareh Das, que cresceu na Nigéria, reflete sobre como as referências à cultura brasileira estavam presentes em sua infância, através de nomes e tradições.
Fluxo Cultural Bidirecional
A seção Echoes in the Present estabelece um diálogo sobre como a influência cultural entre Brasil e África flui em ambas as direções. Das menciona que a exposição é parte de uma onda crescente de iniciativas que revisitam essa história, incluindo a mostra Afro-Atlantic Histories em 2018 e a recente Brasil e África: uma história compartilhada, realizada na Ilha de Gorée, Senegal, em 2023. Essas exposições abordam a interconexão entre os dois continentes, ressaltando a importância de compreender o legado dos africanos no Brasil.
Os artistas participantes da nova seção utilizam uma variedade de materiais, refletindo a complexidade das suas heranças culturais. Das enfatiza que o projeto busca entender o que pode ser abordado no contexto contemporâneo, além da mera explicação do tráfico de escravos. A exposição promete ser um marco na reinterpretação das narrativas históricas e culturais que conectam África e Brasil.