- O festival Unconformity, criado em 2016 como ação comunitária, recebeu financiamento federal plurianual em 2023; a edição de 2025 ocorrerá de 16 a 19 de outubro, em Queenstown, Tasmânia, com programa totalmente adaptado ao ambiente local.
- A nova direção artística, liderada por Loren Kronemyer, destaca resistência ambiental e o legado da mineração, reunindo 60 eventos e 121 artistas.
- Entre os destaques estão Overflow, escultura cinética de Bridget Baskerville que utiliza água ácida da região para gravar placas de cobre, e Semaphore Score, com mensagens pessoais transportadas em bandeiras feitas de plantas locais.
- Fell, de Luke George, será apresentado em uma serraria, com o artista suspenso ao lado de um tronco, refletindo a busca por espaço para o ecossistema criativo e residências artísticas.
- O festival evidencia inclusão e fortalecimento da cultura local, com participação de artistas como David Fitzpatrick, e é visto como catalisador de resistência e renovação para Queenstown diante do histórico de degradação ambiental ligado à mina Mt Lyell.
O festival Unconformity, que surgiu como uma iniciativa comunitária em 2016, se tornou um evento de destaque em 2023 ao garantir financiamento federal plurianual. Em sua próxima edição, marcada para 16 a 19 de outubro de 2025, o festival se propõe a ser o mais ambicioso até agora, com um programa totalmente adaptado ao ambiente local de Queenstown, na Tasmânia.
Neste contexto, a nova direção artística de Loren Kronemyer destaca-se ao enfatizar a resistência ambiental, refletindo sobre o legado da mineração na região. O festival contará com 60 eventos e 121 artistas, que irão explorar a relação entre arte e as condições adversas do local, marcado por um passado de degradação ambiental devido à antiga mina de cobre Mt Lyell.
Programação e Destaques
A programação para 2025 inclui obras como Overflow, uma escultura cinética de Bridget Baskerville, que utiliza água ácida da região para gravar placas de cobre. Outra atração é Semaphore Score, onde artistas transportarão mensagens pessoais por meio de bandeiras feitas com plantas locais, conectando os participantes à paisagem montanhosa de Mt Owen.
Além disso, o festival reforça o apoio a talentos locais por meio de iniciativas de desenvolvimento criativo e residências artísticas. O trabalho Fell, de Luke George, será apresentado em um local inusitado: uma serraria, onde o artista ficará suspenso ao lado de um tronco. Esse projeto reflete a busca por criar um espaço para o ecossistema.
Impacto e Comunidade
O Unconformity tem se mostrado um catalisador para a comunidade de Queenstown, que, apesar dos desafios ambientais, demonstra resiliência e adaptação. A participação de artistas locais, como David Fitzpatrick, que oferece retratos psíquicos, evidencia a inclusão e o fortalecimento da cultura local. Kronemyer ressalta que a energia criativa presente na região é um exemplo de como a arte pode impulsionar a recuperação após períodos de exploração.
O festival não apenas celebra a arte, mas também se torna um símbolo de resistência e renovação, mostrando que a cultura pode florescer mesmo em terrenos desgastados.