- Gerhard Richter, artista alemão de 93 anos, tem retrospectiva na Fondation Louis Vuitton, Paris, reunindo 275 obras da carreira; a mostra ocupa mais de 3.000 m², em 34 salas, e abriu em outubro de 2025.
- A curadoria fica a cargo de Dieter Schwarz e Nicholas Serota; a exposição ocupa o espaço projetado por Frank Gehry.
- A curadoria apresenta a trajetória de Richter de forma cronológica, começando pela pintura Table (1962) e terminando com desenhos recentes em papel A4 que utilizam solventes para criar formas imprevisíveis.
- A exposição destaca a artistica constante reinvenção de Richter e sua relação com a história alemã, com obras como Uncle Rudi (1965) como referência ao tema da culpa nazista.
- A mostra reforça a relevância de Richter no cenário artístico atual, mesmo depois de ele ter parado de pintar em 2017.
Gerhard Richter, artista alemão de 93 anos, é o foco de uma grande retrospectiva na Fondation Louis Vuitton, em Paris. A exposição, que reúne 275 obras de sua carreira, abrange desde suas pinturas fotográficas dos anos 1960 até desenhos recentes em papel A4. A mostra, inaugurada em outubro de 2025, ocupa mais de 3.000 m² do espaço projetado por Frank Gehry e foi organizada pelos curadores Dieter Schwarz e Nicholas Serota, ambos com longa trajetória de acompanhamento da obra de Richter.
A curadoria buscou apresentar uma visão abrangente da carreira de Richter, que é marcada por constantes reinvenções. A exposição é estruturada de forma cronológica, começando com a pintura “Table” (1962), que Richter considera sua primeira obra significativa. A mostra termina com novos desenhos, nos quais o artista utiliza solventes para criar formas imprevisíveis. A escolha por uma abordagem cronológica visa facilitar a compreensão da evolução artística do pintor.
Richter é conhecido por sua habilidade em misturar referências à história alemã com uma estética única. Sua obra “Uncle Rudi” (1965) é um exemplo de como ele aborda a culpa da Alemanha nazista. A complexidade de suas referências históricas é frequentemente contrastada com a obra de outros artistas contemporâneos, como Anselm Kiefer, que utiliza uma linguagem mais literal em suas obras.
A exposição não apenas celebra a trajetória de Richter, mas também reafirma sua relevância no cenário artístico atual, mesmo após sua decisão de parar de pintar em 2017. A Fondation Louis Vuitton, ao abrir suas portas para uma mostra tão abrangente, destaca a importância de Richter como um dos artistas mais influentes da sua geração.