- A exposição “Monuments” estreou em Los Angeles, reunindo obras contemporâneas e monumentos confederados desativados no MOCA e no Brick, com curadoria de Hamza Walker, Kara Walker e outros.
- A mostra é uma resposta à remoção da estátua de Robert E. Lee em Charlottesville, em 2017, que intensificou debates sobre escravidão e violência racial.
- Quase 20 monumentos integram a mostra, incluindo uma estátua de Jefferson Davis coberta de tinta vermelha; a de Lee aparece derretida em forma de lingotes de bronze, de 2023.
- Obras de Leonardo Drew e Nona Faustine, entre outros, utilizam a linguagem dos monumentos para criticar narrativas históricas.
- As obras são apresentadas como contramonumentos, com Kahlil Robert Irving representando Ferguson em bronze e Bethany Collins transformando granito de um monumento confederado em homenagem a mulheres negras; curadores ressaltam o diálogo com o passado e a necessidade de um futuro mais inclusivo.
A nova exposição “Monuments”, inaugurada em Los Angeles, reúne obras contemporâneas e monumentos confederados desativados, promovendo um diálogo sobre a herança racial dos Estados Unidos. A mostra, co-curada por Hamza Walker, Kara Walker e outros, ocorre no Museum of Contemporary Art (MOCA) e no Brick.
A exposição é uma resposta à remoção da estátua de Robert E. Lee em Charlottesville, em 2017, que desencadeou intensos debates sobre a escravidão e a violência racial. “Esses monumentos têm muitas histórias para contar”, afirma o curador Simpson, destacando a importância de refletir sobre a história americana.
Entre os quase 20 monumentos expostos, encontram-se peças vandalizadas e intactas, como a estátua de Jefferson Davis, coberta de tinta vermelha. A escultura de Lee, derretida em 2023, é apresentada em forma de lingotes de bronze. A mostra também inclui obras de artistas contemporâneos, como Leonardo Drew e Nona Faustine, que usam a linguagem dos monumentos para criticar suas narrativas.
Crítica Contemporânea
As obras contemporâneas não visam criar novos monumentos, mas funcionam como *contramonumentos*. Por exemplo, Kahlil Robert Irving utiliza bronze para representar a cidade de Ferguson, conectando a violência histórica à atualidade. “Partes importantes do nosso passado estão mais próximas do que pensamos”, afirma Irving.
Bethany Collins transforma granito de um monumento confederado em uma homenagem a mulheres negras, enquanto Walter Price cria pinturas que dialogam com o Globe de Matthew Fontaine Maury. “A exposição é uma reação ao passado, mas também aborda questões atuais”, dizem os curadores, ressaltando a necessidade de diálogo e aprendizado.
A mostra “Monuments” surge em um momento crítico, refletindo sobre a história e as tensões raciais contemporâneas. Artistas estão na vanguarda dessa resistência cultural, promovendo uma reflexão sobre o legado da escravidão e a necessidade de um futuro mais inclusivo.