- O Walk&Talk começou em 2011 como celebração de arte de rua e tornou-se uma bienal neste ano, na ilha de São Miguel, Açores, com mais de oitenta artistas em nove espaços e programação até 30 de novembro, incluindo atividades educativas para escolas.
- O curador Jesse James explica que a mudança para o formato bienal permite mais tempo de planejamento e uma janela de visitação mais ampla.
- Os nove locais incluem o Museu Carlos Machado, um convento franciscano, uma plantação de abacaxi e um mercado público do século XIX, entre outros espaços que promovem interação entre artistas e comunidade.
- Entre os destaques estão Mae-Ling Lokko, com obras em fibras de abacaxi, e uma performance de Soya the Cow, com temas sobre natureza, humanidade, história colonial dos Açores e influência da cultura católica na região.
- A programação também valoriza a cultura local, apresentações de grupos folclóricos e expressões artísticas queer, conectando a diáspora açoriana e fortalecendo o intercâmbio cultural nas ilhas.
O festival Walk&Talk, que começou em 2011 como uma celebração de arte de rua, evoluiu para uma bienal, ocorrendo este ano na ilha de São Miguel, nos Açores. Com mais de 80 artistas participando, o evento abrange nove locais e oferece uma programação diversificada, incluindo atividades educativas para escolas.
A mudança para o formato bienal, conforme explicou o curador Jesse James, visa proporcionar mais tempo para planejamento e uma janela de visitação mais ampla. A nova programação, que se estende até 30 de novembro, permite que grupos escolares locais participem de excursões e workshops, um foco importante do evento. James, que cresceu na ilha, enfatiza que a “abundância” no contexto do festival se refere a uma densidade de relações e à esperança em tempos desafiadores.
Locais e Exposições
O festival se espalha por nove locais em São Miguel, incluindo o Museu Carlos Machado, um antigo edifício religioso com um altar barroco impressionante, e um convento franciscano. Outros espaços notáveis são uma plantação de abacaxi e um mercado público do século XIX. O evento promove a interação entre artistas e a comunidade, com jantares e festas que incentivam o convívio.
A programação inclui obras de artistas como Mae-Ling Lokko, que utiliza fibras de abacaxi em suas criações, e uma performance do artista Soya the Cow. As obras refletem a relação entre natureza e humanidade, além de abordar temas como a história colonial dos Açores e a influência da cultura católica na região.
Cultura e Comunidade
O Walk&Talk também valoriza a cultura local, com apresentações de grupos folclóricos e a inclusão de expressões artísticas queer. O evento tem como objetivo não apenas reunir artistas, mas também conectar a diáspora açoriana, que se estende por vários países.
A bienal se destaca não apenas pela arte, mas pela forma como promove a interação social e a reflexão sobre a identidade açoriana. Através de uma programação rica e diversificada, Walk&Talk reafirma seu papel como um importante espaço de troca cultural e criatividade nas ilhas.