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Tehching Hsieh afirma que não buscou ser super-homem nem heroísmo

Exposição Lifeworks 1978-99 de Tehching Hsieh abre no Dia Beacon; ele afirma não produzir arte desde 2000 e define o trabalho como conceito que passa tempo

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Tehching Hsieh: “People don’t need to know about art history to know my work, they only need life experience” Photo: Hugo Glendinning
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  • A exposição Lifeworks 1978-99 foi inaugurada no Dia Beacon, nos Estados Unidos, apresentando o trabalho de Tehching Hsieh.
  • Hsieh afirma não se considerar artista desde 2000 e descreve seu trabalho como um conceito que “passa tempo”, vivido além da arte.
  • Nascido em 1950, ele ficou conhecido por performances duradouras entre setenta e oito e oitenta e seis, como Cage Piece (um ano trancado em jaula) e Time Clock Piece (registro da presença a cada hora).
  • A obra Thirteen Year Plan, de oitenta e seis a mil novecentos noventa e nove, consistiu em criar arte em privado e culminou na declaração: “Eu me mantive vivo”.
  • A mostra também marca a doação de onze obras significativas à instituição, e o artista afirma buscar entender tempo e existência, influenciado por Kafka e Beckett.

O artista taiwanês Tehching Hsieh, reconhecido por suas performances duradouras, inaugurou a exposição retrospectiva Lifeworks 1978-99 no Dia Beacon, nos Estados Unidos. Hsieh, que não se considera um artista desde 2000, descreve seu trabalho como um conceito que “passa tempo”. Ele enfatiza que não buscou ser um herói e que suas obras refletem experiências de vida, não uma autobiografia.

Hsieh, nascido em 1950, ficou famoso por suas performances que exploram confinamento e resistência. Entre 1978 e 1986, ele realizou cinco obras marcantes, incluindo a Cage Piece, onde passou um ano trancado em uma jaula, e a Time Clock Piece, na qual registrou sua presença a cada hora. Essas experiências foram moldadas por sua vivência como imigrante ilegal nos Estados Unidos, algo que influenciou profundamente sua arte.

Reflexões sobre a Arte

Na nova exposição, Hsieh deseja que os visitantes percebam a diferença entre o que ele chama de “tempo da arte” e “tempo da vida”. Ele não quer que a documentação de suas performances seja o foco, mas sim a experiência do tempo e espaço. A mostra também marca a doação de 11 obras significativas à instituição, refletindo a intensidade de suas vivências.

O artista destaca que sua última performance, Thirteen Year Plan, que se estendeu de 1986 a 1999, consistiu em criar arte em privado, culminando em uma declaração que dizia: “Eu me mantive vivo”. Essa obra, assim como as anteriores, é vista por Hsieh como um reflexo de sua busca por significado, onde a vivência e a passagem do tempo se tornam a verdadeira arte.

O Legado de Hsieh

Hsieh afirma que sua trajetória não se resume ao sucesso, mas à compreensão da vida. Ele se inspira em escritores como Franz Kafka e Samuel Beckett, que o ajudaram a explorar o que significa ser humano. Apesar de não se identificar mais como artista, Hsieh continua a refletir sobre a natureza do tempo e da existência, afirmando que, mesmo fora do contexto artístico, a passagem do tempo possui seu valor intrínseco.

A exposição no Dia Beacon é uma oportunidade única para os espectadores explorarem as complexidades do trabalho de Hsieh e suas profundas implicações sobre a vida e a arte.

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