- A exposição Deviant Ornaments, no Nasjonalmuseet, Oslo, será inaugurada em 27 de novembro de 2025 e ficará em cartaz até 15 de março de 2026, abordando desejos e práticas queer na arte islâmica, com curadoria de Noor Bhangu e mais de quarenta obras, incluindo Shahzia Sikander e Taner Ceylan.
- É a primeira mostra a explorar explicitamente a intersecção entre arte islâmica e sexualidades não heteronormativas, com o objetivo de visualizar uma genealogia queer na história da arte islâmica.
- Entre itens históricos, estão têxtil safávida do século XVI, braçadeira de ouro e esmalte que retrata Tahmasp Mirza, e azulejos do século XIII; quatro obras encomendadas por Damien Ajavon, Rah Eleh, Kasra Jalilipour e Sa’Dia Rehman ampliam a narrativa queer nas regiões islâmicas e nas diásporas.
- A instalação de Ajavon utiliza múltiplas Mãos de Fátima, conectando arte histórica e contemporânea.
- Ingrid Røynesdal, diretora do museu, afirma que a exposição promove espaço de curiosidade e debate para compreender as narrativas queer na arte islâmica, apoiando a abordagem de Bhangu.
A exposição Deviant Ornaments no Nasjonalmuseet de Oslo, que será inaugurada em 27 de novembro de 2025 e ficará em cartaz até 15 de março de 2026, marca um avanço significativo ao abordar desejos e práticas queer na arte islâmica. Sob a curadoria de Noor Bhangu, a mostra reúne mais de 40 obras que conectam tradições históricas com criações contemporâneas, incluindo artistas renomados como Shahzia Sikander e Taner Ceylan.
A exposição é a primeira a explorar explicitamente a intersecção entre arte islâmica e sexualidades não heteronormativas. Bhangu destaca que o objetivo é visualizar uma genealogia queer na história da arte islâmica, permitindo que o público compreenda a diversidade das culturas de sexualidade ao longo do tempo. Ela afirma que a dependência excessiva de obras contemporâneas em exposições anteriores tende a reduzir a compreensão da homossexualidade a um fenômeno moderno ocidental.
Obras em Destaque
Entre os itens históricos, estão um têxtil safávida do século XVI e um braçadeira de ouro e esmalte que retrata o príncipe Tahmasp Mirza, além de azulejos do século XIII. A mostra também inclui quatro obras encomendadas de artistas contemporâneos, como Damien Ajavon e Sa’dia Rehman, que visam ampliar a narrativa queer nas regiões islâmicas e suas diásporas. A instalação de Ajavon, por exemplo, incorpora múltiplas Mãos de Fátima, simbolizando a relação entre arte histórica e contemporânea.
Bhangu ressalta que, embora a representação queer na arte islâmica seja sensível, é crucial abordar essas questões para iluminar as complexidades culturais e religiosas. A diretora do museu, Ingrid Røynesdal, enfatiza que a exposição promove um espaço de curiosidade e debate, essencial para a compreensão das narrativas queer na arte islâmica.