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25 de jan 2025

Carta de vinhos: por que a ostentação pode afastar os clientes dos restaurantes

A insatisfação com cartas de vinhos extensas é um tema recorrente em restaurantes. A tendência de "short and smart lists" facilita a escolha e aumenta vendas. O restaurante Smithereens, em Nova York, é um exemplo de sucesso dessa abordagem. Cartas curtas permitem melhor harmonização com os pratos e sazonalidade. Menos rótulos incentivam a experimentação entre novos consumidores de vinho.

Foto:Reprodução

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A experiência de escolher um vinho em restaurantes pode ser desafiadora, especialmente quando se depara com cartas extensas, que mais parecem "bíblias". Muitos clientes se sentem intimidados por listas longas e complexas, repletas de rótulos organizados por regiões, o que pode levar à frustração e até à escolha de bebidas alternativas, como cervejas ou drinks. Esse fenômeno é comum em estabelecimentos que dependem de importadoras, que dominam a seleção de vinhos em troca de benefícios comerciais, resultando em cartas sem personalidade.

Recentemente, uma tendência tem se destacado: as chamadas “short and smart lists”, que oferecem opções mais curtas e diretas, facilitando a escolha dos consumidores. Essas listas têm se mostrado mais eficientes, tanto para os clientes, que não precisam ser especialistas para escolher um vinho, quanto para os restaurantes, que conseguem aumentar suas vendas. Após a pandemia, muitos estabelecimentos adotaram essa abordagem, mas as cartas longas voltaram a prevalecer em muitos lugares.

A crítica de vinhos Eric Asimov elogiou o restaurante Smithereens, em Nova York, que apresenta uma carta com 62 opções, incluindo 32 Rieslings, demonstrando que uma seleção mais enxuta pode ser bem pensada e harmonizada com o menu. Estabelecimentos que oferecem menos rótulos também permitem que os clientes experimentem novas opções, algo que tem atraído o público mais jovem. Em uma visita à Enoteca da Gigi, na Itália, a escolha de vinhos foi simplificada com apenas nove opções, resultando em uma experiência agradável e sem complicações.

A sommelière Lee Campbell destaca que a clientela de Manhattan tende a ser menos aventureira em suas escolhas de vinho, o que se reflete em São Paulo, onde diferentes perfis de consumidores frequentam estabelecimentos distintos. Ela argumenta que menos é mais quando se trata de cartas de vinhos, sugerindo que uma seleção bem escolhida pode proporcionar uma experiência muito mais satisfatória. A preferência por listas curtas e objetivas é uma demanda crescente entre os consumidores, que buscam praticidade e prazer na hora de escolher um vinho.

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