Opus se destaca como um thriller inteligente e divertido no cenário hollywoodiano atual

O filme Opus, dirigido e roteirizado por Mark Anthony Green, é uma nova adição ao subgênero dos thrillers de alto conceito, que ganhou força após o sucesso de Corra! (2017). A trama segue Ariel Ecton (Ayo Edebiri), uma jovem repórter convidada para um evento exclusivo do popstar Moretti (John Malkovich), que está afastado da mídia há quase 30 anos. O evento, realizado em uma propriedade isolada, promete revelar seu novo álbum, mas logo se torna evidente que nem tudo é o que parece.

O filme explora um conflito geracional entre jornalistas da “velha guarda”, que aceitam as condições abusivas do evento, e Ariel, que busca um papel mais ativo em sua carreira. Enquanto seus colegas se mostram nostálgicos por um tempo em que os artistas ditavam as regras sem questionamento, Ariel deseja ser o centro das histórias, refletindo uma nova ambição que desafia as normas estabelecidas.

Opus se destaca por sua inteligência narrativa e pela forma como aborda a decadência da cultura da celebridade. O diretor utiliza elementos visuais, como figurinos luxuosos e uma fotografia que equilibra o macabro e a comédia, para criar uma experiência envolvente. O filme não apenas critica a superficialidade do mundo das celebridades, mas também se diverte com suas delícias, estabelecendo um pacto com o espectador que permite uma reflexão mais profunda sobre o tema.

Com uma duração de 103 minutos, Opus é uma obra que promete surpreender o público, especialmente em seus últimos dez minutos, onde a narrativa atinge seu clímax. O filme, que conta com um elenco notável, incluindo Juliette Lewis e Murray Bartlett, é uma adição significativa ao panorama atual do cinema, oferecendo uma nova perspectiva sobre a relação entre artistas e a mídia.