Brian Blade, um famoso baterista de jazz, vai estrear sua banda The Fellowship Band no Brasil durante o C6 Festival, que acontece no dia 23 de setembro no Parque Ibirapuera. Essa apresentação mostra como o jazz e a música brasileira estão cada vez mais conectados, com novas colaborações e influências. Blade começou a se interessar pela música brasileira em Nova Orleans, onde tocou em um bar chamado Café Brasil. Ele admira artistas como Milton Nascimento e Hermeto Pascoal, e já regravou músicas deles. Seu álbum Mama Rosa, lançado em 2009, marca sua estreia como violonista e cantor, explorando temas espirituais no jazz. Blade acredita que a conexão entre jazz e música brasileira vem da matriz africana, e que a música cria um diálogo, mesmo sem palavras. Adrian Younge, cofundador do selo Jazz is Dead, destaca a importância das culturas negras brasileiras nessa relação. Ele observa que, enquanto o samba é reconhecido no Brasil, o jazz ainda busca esse reconhecimento nos EUA. A música brasileira é apreciada tanto por gerações mais velhas quanto por novos músicos de jazz, criando um ciclo de redescoberta. O mercado musical está mudando, com uma troca mais equilibrada entre artistas brasileiros e festivais internacionais. Blade e sua banda representam essa nova fase, onde a música ultrapassa fronteiras e se reinventa, e o show no C6 Festival promete ser um momento importante nessa intersecção cultural.
Brian Blade, renomado baterista de jazz, estreia sua banda The Fellowship Band no Brasil durante o C6 Festival, que ocorre no dia 23 de setembro no Parque Ibirapuera. A apresentação destaca a interconexão crescente entre o jazz e a música brasileira, refletindo novas colaborações e influências contemporâneas.
A relação de Blade com a música brasileira começou em Nova Orleans, onde ele se apresentou em um bar chamado Café Brasil. O músico menciona sua admiração por artistas como Milton Nascimento e Hermeto Pascoal, que moldaram sua trajetória. “Tenho Milton como um mentor”, afirma Blade, que regravou uma de suas músicas em um álbum pessoal.
O disco Mama Rosa, lançado em 2009, marca a estreia de Blade como violonista e cantor, explorando a espiritualidade no jazz. Ele destaca a dualidade da música brasileira, que combina sentimentos edificantes com mensagens profundas. Blade também regravou Hermeto Pascoal em 2014, evidenciando sua admiração por esse ícone.
Conexões Culturais
A aproximação entre jazz e música brasileira, segundo Blade, se fundamenta na matriz africana. Ele acredita que, mesmo sem falar português, a música cria um diálogo. Adrian Younge, cofundador do selo Jazz is Dead, complementa que a força das culturas negras brasileiras é essencial para essa conexão.
Younge ressalta que, enquanto o samba foi nacionalizado no Brasil, o jazz nos EUA ainda busca esse reconhecimento. A música brasileira, por sua vez, é celebrada tanto por gerações mais velhas quanto por novos jazzistas, criando um ciclo de redescoberta e respeito.
Novos Horizontes
A dinâmica do mercado musical também está mudando. Antes, a relação era predominantemente unilateral, com os EUA dominando o cenário. Atualmente, há uma troca mais equilibrada, com artistas brasileiros ganhando espaço em festivais internacionais. Laércio Costa, diretor da produtora 78 rotações, destaca que essa nova fase promove diálogos entre diferentes diásporas.
Blade e sua banda representam essa nova era, onde a música transcende fronteiras e se reinventa. O show no C6 Festival promete ser um marco na celebração dessa rica intersecção cultural.
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