Virada Cultural de SP homenageia 50 anos de show icônico com emoção renovada

Eduardo Gudin, Márcia e Paulo César Pinheiro celebram 50 anos de "O importante é que a nossa emoção sobreviva" com show especial

Um show especial para comemorar os 50 anos do disco "O importante é que a nossa emoção sobreviva" será realizado no Theatro Municipal de São Paulo durante a Virada Cultural, à meia-noite deste sábado. O espetáculo contará com a presença de Márcia, além de novos artistas como Rappin’ Hood.

A história do disco começou em 1974, quando Eduardo Gudin recebeu um convite para se apresentar no Tuca, teatro da PUC-SP. Juntamente com Márcia e Paulo César Pinheiro, o trio se surpreendeu com a lotação de mais de 1.500 pessoas. O sucesso levou a uma temporada no Teatro Oficina e, em 1975, à gravação do LP.

No show deste sábado, Gudin estará à frente do elenco, acompanhado por Claudio Nucci, que substituirá Paulo César, e Léla Simões, que assumirá o lugar de Márcia. A filha de Gudin, Elisa Gudin, e o grupo Baba de Quiabo também farão parte da apresentação. Márcia interpretará clássicos como “Refém da solidão” e “Veneno”.

Os artistas acreditam que o sucesso do disco se deve ao contexto político da época, marcado pela repressão da ditadura. Márcia destaca que o público, especialmente os estudantes, buscava um espetáculo que representasse a liberdade. O disco foi gravado ao vivo em um estúdio da Odeon, com cerca de 300 convidados.

O impacto do show original foi tão grande que resultou em um segundo álbum, "O importante é que a nossa emoção sobreviva 2", lançado em 1976. Durante a apresentação, a censura estava presente, e algumas falas eram restritas, como a famosa frase que deu nome ao disco.

Embora Paulo César não participe do evento, Márcia, que raramente se apresenta, expressa sua alegria em reviver essa parte de sua carreira. Aos 81 anos, ela reflete sobre sua trajetória e a importância da música em sua vida, mesmo com as inseguranças que sente em relação à sua performance atual.